A Câmara Municipal de Campina Grande realizou audiência
pública para debater sobre a regulamentação da língua espanhola na rede
municipal de ensino do município. A audiência foi proposta pelos vereadores
Antônio Pimentel Filho e Ivonete Ludgério, ambos do PSD. Professores e alunos,
além de representantes da Secretaria de Educação, participaram do debate.
O vereador Pimentel Filho destacou que já apresentou um
projeto de lei que regulamenta a língua espanhola no currículo do Ensino
Fundamental II da rede municipal, mas é necessário ampliar o debate com todos
os envolvidos antes de levar à votação, além de fazer as alterações que sejam
necessárias.
“Apresentei o projeto de lei no ano passado e os professores
pediram essa audiência para dar mais subsídios aos vereadores. Vamos travar
essa batalha com o Poder Executivo para ver se conseguimos a inclusão do
espanhol nas escolas municipais”, comentou o vereador Pimentel.
Representando a categoria, o professor Jair Ibiapino
Tavares, presidente da Associação de Professores de Espanhol do Estado da
Paraíba (APEEPB), lembrou que a língua espanhola já faz parte do currículo do
Estado e de algumas cidades paraibanas. Ele explicou que o ensino do espanhol
na grade do ensino fundamental vai servir como uma importante base para o
estudo do espanhol no Ensino Médio.
O auditório da CMCG ficou lotado por professores e
estudantes. O professor Júlio Cézar Viana enfatizou a importância do espanhol
para conhecimento de novas culturas, para a adição de mais um idioma no
currículo e principalmente para o mercado de trabalho. Ele destacou que
atualmente o espanhol é ensinado para os jovens tendo como objetivo apenas o
Enem, enquanto que o correto é que ele seja ensinado para a vida.
A professora Luciene de Almeida, coordenadora do curso de
Letras da UEPB, elogiou a iniciativa da Câmara Municipal de Campina Grande.
“Vocês estão fazendo história, senhores vereadores, propondo esse debate e
elaborando leis voltadas para a inclusão do espanhol nas escolas municipais”,
disse.
A representante da Secretaria de Educação, Rilma Sueli de
Sousa, informou que essa proposta já está em pauta há algum tempo na
administração municipal. Segundo ela, já está sendo feito um estudo de impacto,
tanto financeiro quanto quantitativo para implantação da língua espanhola, onde
é levado em consideração o impacto no número de alunos atingidos, carga horária
e todas as ações pedagógicas. A possibilidade de implantação existe, mas ainda
é necessário desenvolver mais estudos – Dirp/CMCG.
Carlos Magno
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