Pessoas que prestaram serviço à Prefeitura de Campina Grande
durante o São João deste ano utilizaram os programas jornalísticos das
emissoras de rádio da cidade nesta terça-feira (15) para reclamar que a
Prefeitura não cumpriu com o que foi acordado com quem trabalhou na festa. A
denúncia é de que a Prefeitura está pagando menos de um salário mínimo – o que
não é permitido no Brasil – pelos 30 dias trabalhados.
A dona de casa Patrícia Simões da Silva, que mora na Rua
Maximiliano Machado, no bairro de José Pinheiro, disse que tomou uma surpresa
quando foi receber o pagamento. Ao invés de um salário mínimo, como prometido,
recebeu um cheque no valor de R$ 587,90. O pior, segundo ela, é que a
Prefeitura teria efetuado pagamentos com valores diferenciados, com algumas
pessoas recebendo mais e outras menos, mesmo tendo trabalhado os mesmos 30
dias.
“Nós fizemos um trabalho dedicado, na limpeza do Parque do
Povo. O que nos deixa tristes é que fomos elogiados pelos turistas que vieram
para o São João, mas não por eles”, disse Patrícia, referindo-se aos membros da
organização do São João.
O São João de Campina Grande, no Parque do Povo, durou 30 dias
Comida estragada – Patrícia
visitou as rádios para denunciar o fato, acompanhada de sua vizinha, de nome
Ana Paula, e de uma outra amiga, de nome Rejane Cavalcanti, que também
trabalharam os 30 dias do São João e receberam o mesmo valor. Elas reclamaram
que, além da questão do pagamento, as pessoas que prestaram serviço no São João
ficaram algumas noites sem comer, pois a comida servida estava estragada.
Ela disse que os trabalhadores da limpeza reclamaram, em
alguns dias, que a quentinha servida estava estragada. A prefeitura, segundo
ela, suspendeu o fornecimento da quentinha, mas em algumas noites não
providenciou refeição para substituí-la. “Tinha noite que a comida vinha
estragada. A gente reclamou. Além de ter de ficar os 30 dias debaixo de sol e
de chuva, arriscando a vida, ter que comer comida estragada?”, questionou.
Patrícia disse que teve noite que a Prefeitura serviu apenas
pão para os trabalhadores. “Quando a gente reclamou que a quentinha estava
estragada, eles suspenderam a quentinha e teve noite que a gente ficou trabalhando
só com um pão. Isso é um absurdo.
Sobre o pagamento a gente procurou o pessoal da organização e eles dizem que a
gente vá procurar nossos direitos. Por isso que estamos aqui, apelando para o
prefeito Romero Rodrigues”, disse ela.
Do Blog Carlos Magno, com Ass.Com Comunicação
& Marketing