O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias
Urbanas da Paraíba (Stiupb), Wilton Maia Velez, enalteceu o empenho do
governador da Paraíba, João Azevêdo, de se unir à causa urbanitária que luta
para barrar Projeto do Governo Federal (PLV 8/2019), que objetiva privatizar
serviços de saneamento e de água em todo o País.
Para Wilton Maia, a postura do governador não lhe causa
surpresa, já que mesmo antes de assumir o Governo, João Azevêdo já havia
assumido que não iria privatizar os serviços da Cagepa, durante encontro com os
trabalhadores no próprio Stiupb.
“Temos um Governo que desde a gestão do então Governador
Ricardo Coutinho já tinha saído em defesa da Cagepa e contra processos de
privatizações em empresas públicas. Essa luta não é de hoje, mas desde o
período quando o prefeito Romero Rodrigues enviou Projeto de Lei à Câmara para
privatizar quase tudo na Prefeitura, inclusive os serviços da Cagepa.
Conseguimos, com apoio dos trabalhadores, abortar essa iniciativa, mas ainda
esse risco bate à nossa porta”, destacou Wilton Maia.
Posição do Governo
No último dia 09, O governador se reuniu com o presidente da
República e ministros do Governo Federal, além de outros governadores da região
Nordeste e, na ocasião, expôs sua preocupação em relação à gestão das águas da
transposição do Rio São Francisco e à Medida Provisória 868/18, que prevê a
privatização do sistema de saneamento básico.
Após a reunião, João Azevêdo apontou a necessidade de se
rever a Medida Provisória 868. “Esse texto que prevê a privatização das
Companhias precisa ser revisto com o diferencial e as características de cada
Estado, principalmente os Estados da Paraíba, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do
Norte, que são beneficiados com a transposição do Rio São Francisco. Precisamos
saber como fica essa relação, o tratamento dos recursos que serão pagos à
Codevasf, quem vai arcar com isso, ou seja, há a necessidade efetiva de se ter
um tratamento e uma discussão mais detalhada”, observou.
Para o governador, alternativas para os Estados que não
pretendem privatizar suas Companhias precisam ser apresentadas. “A Cagepa, por
exemplo, é uma Companhia superavitária porque voltou a dar lucro nos últimos
anos e, a partir do momento que se impõe, gera um problema muito grande, pois
as empresas privadas buscarão os sistemas mais viáveis e se deixa de ter o
subsídio cruzado, ou seja, sistemas de pequenas cidades que são inviáveis
economicamente não terão interesse e são os que ficarão para as Companhias, o
que tornará praticamente impossível porque você terá contas de água com
benefício fiscal de R$ 10,00 a R$ 15,00 que passarão a R$ 40,00 ou R$ 50,00,
impondo à população mais pobre uma condição para manter o sistema e ela não vai
suportar”, avaliou – Assessoria.
Carlos Magno
VEJA TAMBÉM:
- Cheirar
pum pode prevenir câncer, AVC, ataque cardíaco, artrite e demência, diz estudo
de universidade do Reino Unido
-
Assassinato de moradores de rua em Campina Grande-PB gera comoção: radialista
faz artigo em homenagem a "Maria Suvacão"
- UEPB vai ganhar curso de
Medicina no campus de Campina Grande. Veja detalhes
-Cliente que passar mais de
20 minutos em fila de banco na Paraíba receberá indenização
-
Jovem forja a própria morte para saber "quais pessoas se importariam com
sua ausência" e vem a público pedir desculpas