A mulher suspeita de ter jogado a filha de 3 anos pela
janela do quinto andar do prédio onde moravam no Jaguaré, Zona Oeste de São
Paulo, e de ter pulado em seguida, segue internada em estado estável neste
sábado (25) na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital das Clínicas. Ela
teve fraturas múltiplas pelo corpo, segundo policiais.
A menina, que sobreviveu ao cair sobre um carro, passa bem.
Ela também está internada no mesmo hospital, no Instituto da Criança, em estado
estável. A principal suspeita da polícia é de que a mãe teve um surto, cortou a
tela de proteção da janela e jogou a filha. Em seguida, ela ateou fogo no
apartamento e pulou.
O caso ocorreu na madrugada de sexta-feira (24) na Avenida
Corifeu de Azevedo Marques.
As informações sobre os estados de saúde da mãe e da filha
foram confirmadas pela assessoria de imprensa do HC. O próximo boletim médico
sobre o estado de saúde das duas deverá ser divulgado às 10h de domingo (26).
Os nomes delas não foram divulgados.
Mãe indiciada
A mulher foi indiciada pela Polícia Civil pelo crime de
tentativa de homicídio e incêndio. Com a decretação da prisão pela Justiça, ela
será presa após ter alta médica e sair do hospital.
A principal suspeita da investigação é a de que a mãe teve
um surto psicótico que a levou a jogar a filha pela janela. A menina sobreviveu
porque sua queda foi amortecida por um carro que entrava no edifício. A criança
caiu sobre o para-brisa do veículo, que ficou estilhaçado. Para o motorista
"foi um milagre".
De acordo com a polícia, a mulher ainda ateou fogo nas
cortinas do imóvel. Os bombeiros foram chamados para apagar o incêndio e tentar
socorrê-la. Eles contaram que arrombaram a porta e tentaram resgatar a mulher,
que estava armada com duas facas e se jogou, conforme registraram imagens
gravadas por celular.
O pai da menina não mora na residência, e estaria separado
da mãe da criança. Segundo policiais, a mulher registrou um boletim de
ocorrência contra o homem por violência doméstica e ameaça.
Negociação
A TV Globo teve acesso à gravação da conversa entre a mãe e
a equipe de resgate momentos antes de ela se jogar.
“E ela teve traumatismo?”, perguntou a mulher à equipe, que
realizava uma tensa negociação para que ela se rendesse. “Não teve, filha. Olha
que coisa boa! Ela caiu sobre um carro e não se machucou”, tranquilizaram.
A negociação continuou, com a mulher claramente nervosa.
“Mas eu vou sair daqui presa?”, perguntou. “Não, você vai sair comigo. Sou
enfermeira”, se identificou uma profissional que estava junto ao resgate. “Me
obrigaram a jogar ela”, justificou a mulher, sobre ter jogado a filha.
A mulher é nova moradora do prédio e os vizinhos relataram
ter ouvido comentários de que ela já teve surtos parecidos – G1.
Carlos Magno
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