O Senador Vital do Rêgo (PSB-PB) afirmou, em entrevista, que
a proposta de Reforma da Previdência em tramitação no Congresso Nacional não é
o condão que vai salvar o País, resolver o problema fiscal do Brasil e
assegurar a retomada do crescimento econômico, como o governo tenta passar para
a opinião pública.
“Falta honestidade no discurso do Governo ao aludir à
Reforma da Previdência como a salvadora e o condão que vai pôr o país nos
trilhos ou na retomada do crescimento econômico, resolvendo a questão do
déficit fiscal. Não é verdade”, afirmou Veneziano.
Membro das Comissões de Constituição, Justiça e Cidadania
(CCJ), de Assuntos Econômicos (CAE) e de Desenvolvimento Regional e Turismo
(CDRT), Veneziano disse que a Reforma da Previdência, cuja admissibilidade do
relatório foi aprovada pela CCJ da Câmara Federal, tem alguns pontos que
precisam ser vistos como necessários para correções de algumas distorções, e outros
que são atentatórios ao brasileiro.
Ele antecipou que o Senado, por meio de uma comissão
constituída pelo presidente Davi Alcolumbre (DEM-AP), já está pronto para
analisar o texto da reforma, fazer as devidas correções e oferecer sugestões; e
reafirmou que vai defender a preservação de direitos invioláveis ao cidadão, a
exemplo dos agricultores; e não admitirá desconstitucionalização do tema
previdenciário, retirando benefícios dos brasileiros.
Sem mais sacrifícios
ao trabalhador – “A Reforma da Previdência não é vista por nós
preconceituosamente. Mas nós temos a responsabilidade de nos posicionar e o
dever de não permitir que mais sacrifícios sejam impostos a quem não tem mais
condições de suportá-la”, disse o Senador paraibano.
Veneziano ressaltou que outros temas também relevantes
deveriam ter sido enfrentados anteriormente pelo Governo Federal, como o
imprescindível debate em torno da Reforma Tributária, para trazer uma nova
dinâmica e desburocratizar as questões tributárias; além da Reforma do Sistema
Financeiro.
Ele ressaltou que o governo e sua equipe econômica não tem
interesse em tratar esses temas, por ser um governo ultraliberal, determinado a
vender as grandes estatais do País, a exemplo da Petrobrás e da Eletrobrás.
“Esse governo já está fragilizando a Petrobrás, ao colocar na pauta das
discussões a entrega e a venda de oito refinarias nossas, como também já está
em estudo avançado a proposta de venda da Eletrobrás”.
Para Veneziano, a entrega das estatais nacionais consiste em
um processo pernicioso e atentatório à própria soberania nacional. “Estamos
atentos e em alerta. Quando a Reforma da Previdência chegar ao Senado, teremos
nós as condições para expor diretamente o nosso pensamento” afirmou –
Assessoria.
Carlos Magno
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