O casebre no Assentamento Dandara, no bairro Benedito
Bentes, parte alta de Maceió, guarda uma história de angústia e dor. No lugar,
extremamente pobre, vive a família de Alessandra Santos de Oliveira, de 26
anos, que na noite de domingo foi detida e levada para a Central de Flagrantes,
onde funciona também o 8º Departamento de Polícia.
Alessandra é acusada de tentar trocar o filho, de três
meses, por crack, droga considerada devastadora por seu poder de dominar mentes
e ceifar vidas.
O bebê de três meses, filho de Alessandra Santos de Oliveira, de 26 anos, descansa no colo de uma tia, enquanto a mãe é indiciada na polícia
O caso aconteceu no Conjunto Cidade Sorriso, região do
Benedito Bentes, para onde Alessandra foi depois de deixar a casa e o
companheiro para trás. Levava consigo uma bolsa comprada pela mãe, a doméstica
Claudenice dos Santos, com pertences do bebê: fraldas, mamadeira e umas poucas
roupas.
Disse ao companheiro que iria para a casa da mãe, no
Assentamento Dandara. Vivia com ele há pouco tempo, em outro conjunto da região,
o Frei Damião. Seguiu outro destino, foi em busca de droga. Sem dinheiro e nada
que pudesse oferecer para garantir o entorpecente, entregou o próprio filho,
causando revolta em moradores que passavam no momento da “negociação” entre
Alessandra e um traficante da região.
Revoltados, os moradores tomaram a criança dos braços do
homem, evitando que ele levasse o pequeno, e tentaram linchar Alessandra. A
polícia foi acionada e chegou ao local a tempo de evitar o espancamento.
Alessandra foi levada para o 8º Distrito, onde permanecia até ontem pela manhã.
Policiais com os quais a Gazeta conversou informaram que ela
estava “bastante alterada”, pedia para amamentar o filho. Segundo os policiais,
ainda ontem, ela deveria ser encaminhada para o sistema prisional, autuada em
flagrante, com base no Artigo 133 do Código Penal, que trata de abandono de
incapaz.
O conselheiro tutelar Tácito Noel Fontes estava de plantão
no momento do ocorrido. Recebeu uma ligação da polícia – já que havia criança
envolvida no caso e não se sabia até então quem eram os familiares – e foi ao
local – Gazeta de Alagoas.
Blog Carlos Magno
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