A jornalista Lena Guimarães publica hoje em sua coluna, no
Jornal Correio da Paraíba – página A3, de Política, uma análise sobre as
dificuldades que o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PT) está tendo
para conseguir apoios políticos ao seu projeto de reeleição. Ela chega a comparar
as ações internas da gestão Cartaxo com os números de pesquisa divulgada pela
revista Veja que dá 55% de aprovação à sua administração.
Lena lembra que Cartaxo não consegue manter a aliança com o
PSB de Ricardo Coutinho e que, diante dessa realidade, procurou ‘flertar’ com
os tucanos, mas seus acenos ao PSDB do senador Cássio Cunha Lima não foram aceitos.
Ela também diz que o PMDB nem chegou a discutir a questão, tratando logo de
deixar claro sua intenção de ter candidatura própria e, mais que isso, que “o
presidente municipal e pré-candidato a prefeito, Manoel Júnior anunciou diálogo
com partidos na oposição para formação de uma frente contra Luciano”.
A jornalista Lena Guimarães tem uma coluna diária no jornal Correio da Paraíba, analisando a política local, regional e nacional
Veja o comentário principal da coluna de Lena Guimarães desta
quarta-feira, na íntegra:
Vulnerabilidade
Os movimentos políticos do prefeito Luciano Cartaxo e o
comportamento dos seus partidários e auxiliares mais próximos levam a uma
questão: será que as avaliações internas não batem com a pesquisa publicada pela
revista ‘Veja’, que apontou aprovação de 55% da gestão petista em João Pessoa?
A dúvida não é sem razão. Nos últimos dias, dois dos maiores
partidos da Paraíba, PMDB e PSDB desprezaram possibilidade de aliança com
Luciano, que repetia em entrevistas está de braços abertos e disposto a
dialogar sobre 2016 com essas legendas.
No caso do PSDB, a possibilidade de aliança foi rechaçada de
forma veemente pelo senador Cássio Cunha Lima que, que sem meias palavras disse
não existir compatibilidade entre o PSDB e o projeto de Luciano Cartaxo. Não
bastasse isso, o tucano virou uma espécie de porta-voz do impeachment da
presidente Dilma Rousseff.
Depois, foi o PMDB, que cotado para aliado, nem chegou a
discutir a questão. No último sábado aprovou por 42 votos a favor e apenas um
contra, a candidatura própria. E na primeira declaração após o resultado, o
presidente municipal e pré-candidato a prefeito, Manoel Júnior anunciou diálogo
com partidos na oposição para formação de uma frente contra Luciano.
Se o objetivo era sair da posição de refém do PSB, que
estrategicamente adia sua decisão para 2016, os movimentos dos petistas
expuseram fragilidade. O mais inteligente seria eliminar esse tópico das
declarações e discussões políticas, mas está ocorrendo o contrário, com
partidário de Luciano requentando o tema e até considerando como trunfo para
2016 ter o apoio de um ou outro vereador.
Essa é uma postura defensiva que combina com candidato frágil
e não com um prefeito que se orgulha de entregar uma obra por semana, de
encarar projetos que muitos antecessores deixaram de lado, e de sua gestão ser
aprovada por 55% da população. As declarações, até agora, sinalizam que o
projeto da reeleição politicamente carece de solidez.
A base de Luciano Cartaxo na Câmara é formada por 24
vereadores de 10 partidos. Os maiores, DEM, PSDB e PMDB já decidiram que vão
enfrentá-lo, e o PSB não descarta concorrer com nome próprio. Os fatos
recomendam mudança na estratégia – Lena Guimarães / Correio da Paraíba.
Do Blog Carlos Magno
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