VÍDEO Pimentel fala da retirada de homenagem a seu pai da praça onde Prefeitura construiu o milionário monumento dos 150 anos
Não é apenas o montante gasto pela Prefeitura de Campina Grande
para a sua construção – o valor ainda não foi bem explicado, mas gira em torno
de R$ 2 milhões a quase R$ 3 milhões. O monumento em homenagem ao
Sesquicentenário de Campina Grande acabou gerando outra polêmica esta semana.
Trata-se da retirada da homenagem ao ex-vereador Antônio Alves Pimentel, pai do
atual presidente da Câmara de Vereadores de Campina Grande Pimentel Filho
(PROS).
O problema é que uma Lei de autoria do vereador Ivan
Batista, aprovada por unanimidade na época em que o hoje deputado federal Veneziano
Vital do Rêgo (PMDB-PB) era prefeito, denominou de Antônio Alves Pimentel o
logradouro público a ser construído no local onde funcionou o antigo Posto Berro
D’água. Pois bem: o logradouro foi construído – o tal monumento – mas a lei foi
simplesmente rasgada pela administração do prefeito Romero Rodrigues – hoje,
aliado de Pimentel Filho, que preferiu outro nome para o local.
Presidente da Câmara de Vereadores de Campina Grande, Pimentel Filho, filho do homenageado: "não vou questionar porque meu pai, se fosse vivo, diria: 'não faça'"
A falha da Prefeitura fere de morte não apenas a legislação
em vigor, mas a memória de Antônio Alves Pimentel, que tantas contribuições deu
a Campina Grande, através da concretização de verdadeiros marcos do desenvolvimento
da cidade, a exemplo da Sanesa, da Furne, da Telingra, dentre tantas outras
iniciativas importantes.
Ao perceber o ‘lapso’ da prefeitura, o presidente da Casa,
que, por uma dessas coincidências da vida, é o filho do homenageado, tratou
logo de fazer a advertência, mais na condição de presidente do Poder
Legislativo que viu uma lei aprovada pela Casa ser desrespeitada, do que de
filho que viu o nome do pai ser jogado no inexplicável esquecimento histórico.
Porém, segundo Pimentel, a Prefeitura deu calado por
resposta, não respondendo, até hoje, o ofício enviado pelo Poder Legislativo alertando
para o grave equívoco. Em entrevista que o Blog Carlos Magno reproduz em vídeo
logo abaixo, Pimentel faz um desabafo e diz que, em nome da memória do pai, não
irá questionar na justiça o, repito, ‘equívoco’ considerando que o seu pai era
um homem de paz e que, se vivo fosse, aproveitaria a oportunidade para
exemplificar sua humildade.
“Eu já disse, inclusive mandei ofício e sequer obtive
resposta. Além de um desrespeito a esta casa é um desrespeito à memória de uma
pessoa. Mas não vou brigar por isso. Eu poderia, até, entrar na justiça, mas
não vou fazer isso, porque tenho a certeza de que meu pai, se fosse vivo, diria
a mim: ‘não faça’. Então, não vou fazer. Acho que consciência deve estar na ‘consciência’.
Não precisa você obrigar ninguém a ter. Acho que só o fato de eu estar aqui, no
meu sétimo mandato, trazido pelas mãos de meu pai e pelo povo de Campina Grande
já me basta”, disse Pimentel, em trecho da entrevista-desabafo.
Veja, logo abaixo, na íntegra, o que disse o presidente da Câmara
e filho do homenageado sobre a falta de respeito à memória do ex-vereador.