Os gastos da Prefeitura de Campina Grande para depositar os
resíduos em um aterro sanitário privado superam R$ 14,2 mil por dia. Cada
tonelada custa R$ 35,67, segundo a Secretaria de Serviços Urbanos e Meio
Ambiente (Sesuma). Diariamente, cerca de 400 toneladas de lixo são recolhidas
na cidade e levadas para o aterro, que está sendo usado por medida emergencial,
já que o antigo aterro, na cidade de Puxinanã, foi interditado.
Apesar da mudança de local e da prefeitura ter feito um
contrato emergencial dispensando licitação, o secretário municipal de Serviços
Urbanos e Meio Ambiente, Geraldo Nobre, garante que os valores são os mesmos
que eram pagos à antiga empresa que administra o aterro em Puxinanã.
Aterro onde o lixo de Campina Grande é depositado pertence a empresa privada e fica na Zona Rural (Foto: Leonardo Silva / Jornal da Paraíba)
“Nós não podíamos deixar Campina Grande sem a coleta de
lixo. Uma cidade desta dimensão podia ficar um caos. Por isso tivemos que
fechar este contrato emergencial, porém com os gastos que tínhamos com o antigo
aterro. Também já estamos preparando um edital de uma licitação”, explicou o
secretário.
O contrato emergencial firmado entre a prefeitura e a
Ecosolo Gestão Ambiental de Resíduos LTDA, dona do aterro, é de 120 dias.
Os valores são de até R$ 517.215,00 mensais, totalizando R$
2.068.860,00. Mas, segundo Geraldo Nobre, este valor mensal funciona como um
limite, ou seja, a quantidade de lixo coletado na cidade por mês só pode chegar
a 14.500 toneladas, que corresponde a aquele valor de pouco mais de 500 mil
reais por mês.
Caso a quantidade de lixo ultrapasse esse total extipulado,
o aterro não aceita mais o lixo coletado. Mensalmente, aproximadamente 12 mil
toneladas de resíduos são depositadas no aterro, gerando um gasto de R$ 428
mil, segundo a Sesuma.
Além de pagar pelo uso do aterro para depositar os resíduos,
a coleta de lixo gera outros gastos aos cofres públicos. Com a mudança de
local, a prefeitura reduziu o gasto em transporte pela metade. "O aterro
localizado em Puxinanã fica a 20km de Campina Grande e gerava um custo mensal
de R$ 144 mil mensais. O novo aterro está a 10km, além do acesso mais
estruturado poupando custos de manutenção dos veículos, gastamos apenas R$ 72
mil por mês", afirma Geraldo Nobre.
Novo aterro – O aterro
sanitário escolhido pela prefeitura de Campina Grande fica localizado em uma
fazenda, na Zona Rural do munícipio. O G1 teve acesso à licença de operação
expedida pelo Conselho de Proteção Ambiental (Copam), que é vinculado à
Secretaria de Estado dos Recursos Hídricos, do Meio Ambiente e da Ciência e
Tecnologia. O aterro tem uma área de 90 hectares e está licenciado para
funcionamento até 15 de abril de 2017.
Comparação – A população
de Campina Grande é de 402 mil habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), o que significa que quase um quilo de lixo é
produzindo na cidade por habitante diariamente. Já em João Pessoa, o volume de
lixo produzido é de 700 toneladas por dia, de acordo a Autarquia Especial
Municipal de Limpeza Urbana (Emlur). A cidade tem uma população de 780 mil,
resultando em cerca de 890 gramas de resíduos para cada habitante, abaixo da
média de Campina Grande – G1.
Blog Carlos Magno
VEJA TAMBÉM:
- EXCELENTE NOTÍCIA: Com chegada das chuvas, Cagepa suspende racionamento de água em seis localidades da Paraíba
- Multa de R$ 10 mil... Justiça proíbe Partage Shopping de cobrar estacionamento de veículos dos funcionários e terceirizados
- UEPB vai ganhar curso de Medicina no campus de Campina Grande. Veja detalhes
- Cliente que passar mais de 20 minutos em fila de banco na Paraíba receberá indenização
- Católicos de Campina Grande terão espaço próprio para realizar ECC e outros encontros da igreja