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28/07/2015

Prefeitura de Campina gasta R$ 14,2 mil por dia para depositar lixo em novo aterro contratado pela gestão Romero sem licitação


Os gastos da Prefeitura de Campina Grande para depositar os resíduos em um aterro sanitário privado superam R$ 14,2 mil por dia. Cada tonelada custa R$ 35,67, segundo a Secretaria de Serviços Urbanos e Meio Ambiente (Sesuma). Diariamente, cerca de 400 toneladas de lixo são recolhidas na cidade e levadas para o aterro, que está sendo usado por medida emergencial, já que o antigo aterro, na cidade de Puxinanã, foi interditado.

 

Apesar da mudança de local e da prefeitura ter feito um contrato emergencial dispensando licitação, o secretário municipal de Serviços Urbanos e Meio Ambiente, Geraldo Nobre, garante que os valores são os mesmos que eram pagos à antiga empresa que administra o aterro em Puxinanã.


Aterro onde o lixo de Campina Grande é depositado pertence a empresa privada e fica na Zona Rural (Foto: Leonardo Silva / Jornal da Paraíba)

 

“Nós não podíamos deixar Campina Grande sem a coleta de lixo. Uma cidade desta dimensão podia ficar um caos. Por isso tivemos que fechar este contrato emergencial, porém com os gastos que tínhamos com o antigo aterro. Também já estamos preparando um edital de uma licitação”, explicou o secretário.

 

O contrato emergencial firmado entre a prefeitura e a Ecosolo Gestão Ambiental de Resíduos LTDA, dona do aterro, é de 120 dias.

 

Os valores são de até R$ 517.215,00 mensais, totalizando R$ 2.068.860,00. Mas, segundo Geraldo Nobre, este valor mensal funciona como um limite, ou seja, a quantidade de lixo coletado na cidade por mês só pode chegar a 14.500 toneladas, que corresponde a aquele valor de pouco mais de 500 mil reais por mês.

 

Caso a quantidade de lixo ultrapasse esse total extipulado, o aterro não aceita mais o lixo coletado. Mensalmente, aproximadamente 12 mil toneladas de resíduos são depositadas no aterro, gerando um gasto de R$ 428 mil, segundo a Sesuma.

 

Além de pagar pelo uso do aterro para depositar os resíduos, a coleta de lixo gera outros gastos aos cofres públicos. Com a mudança de local, a prefeitura reduziu o gasto em transporte pela metade. "O aterro localizado em Puxinanã fica a 20km de Campina Grande e gerava um custo mensal de R$ 144 mil mensais. O novo aterro está a 10km, além do acesso mais estruturado poupando custos de manutenção dos veículos, gastamos apenas R$ 72 mil por mês", afirma Geraldo Nobre.

 

Novo aterro – O aterro sanitário escolhido pela prefeitura de Campina Grande fica localizado em uma fazenda, na Zona Rural do munícipio. O G1 teve acesso à licença de operação expedida pelo Conselho de Proteção Ambiental (Copam), que é vinculado à Secretaria de Estado dos Recursos Hídricos, do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia. O aterro tem uma área de 90 hectares e está licenciado para funcionamento até 15 de abril de 2017.

 

Comparação – A população de Campina Grande é de 402 mil habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o que significa que quase um quilo de lixo é produzindo na cidade por habitante diariamente. Já em João Pessoa, o volume de lixo produzido é de 700 toneladas por dia, de acordo a Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur). A cidade tem uma população de 780 mil, resultando em cerca de 890 gramas de resíduos para cada habitante, abaixo da média de Campina Grande – G1.

 

Blog Carlos Magno


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