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10/11/2015

JORNALISMO DE LUTO: Morre no Rio de Janeiro a jornalista da Rede Globo Sandra Moreyra


A jornalista Sandra Moreyra, uma das principais repórteres da Globo, morreu nesta terça-feira (10), no Rio. Ela tinha 61 anos e lutava contra um câncer. O velório será na quarta-feira (11), às 12h, no Cemitério Memorial do Carmo, no Rio.

 

Em outubro, a jornalista anunciou no Twitter que descobriu que estava de novo com câncer. “Novamente estou sendo posta à prova. Mais um tratamento pra fazer. Eu amo a vida. E vou em frente”, postou ela. Sandra enfrentava o terceiro câncer nos últimos sete anos, no mediastino - região torácica perto do esôfago.


Sandra Maria Moreyra tinha 61 anos e lutava contra o terceiro câncer de sua vida

 

40 anos de carreira – Com 40 anos de carreira, Sandra participou de coberturas jornalísticas de importantes momentos do país. Ela cobriu a morte de Tancredo Neves, o Plano Cruzado, o acidente radioativo em Goiânia, com Césio 137, a tragédia do iate Bateau Mouche, a Rio-92 e a ocupação do Complexo do Alemão.

 

A cobertura que a jornalista considerava mais marcante foi o enterro dos mortos na chacina de Vigário Geral, em 1993.

 

“Na hora de escrever o texto, a matéria tinha uma carga de emoção tão forte, da dor daquelas pessoas, da violência, que pensei: 'Tenho que botar isso nas palavras mais simples'. Quando a matéria entrou no ar, foi um soco no estômago”, relatou ao site Memória Globo.

 

“Ela estava muito mais forte do que eu poderia imaginar, porque consegui exatamente isso, lidar com a realidade sem querer ser mais do que ela, sem querer aparecer mais. No dia em que fiz aquela matéria foi quando senti: ‘Puxa vida, cresci. Que bom!”, completou.

 

A repórter começou a carreira na Globo em Minas Gerais, na década de 1980. Logo depois, voltou para o Rio de Janeiro e passou a fazer reportagens para o RJTV, Jornal Nacional, Globo Repórter e Bom Dia Brasil.

 

Entre 1999 e 2004, atuou na GloboNews na parte gerencial e administrativa do jornalismo. No canal, também apresentou o programa Espaço Aberto Literatura.

 

Perfil – Sandra Maria Moreyra nasceu no Rio de Janeiro, em 28 de agosto de 1954, com jornalismo correndo nas veias.

 

O avô, Álvaro Moreyra, era escritor, membro da Academia Brasileira de Letras, e dirigiu importantes revistas nos anos 1950, como Fon-Fon e Paratodos.

 

Seu pai, Sandro Moreyra, fez história como um dos mais importantes cronistas esportivos do jornalismo brasileiro.

 

Sua mãe, Lea de Barros Pinto, era professora. Sandra era casada com o arquiteto Rodrigo Figueiredo, tinha dois filhos, Cecilia e Ricardo, e um neto, Francisco. Ela era irmã da também jornalista e diretora da GloboNews, Eugenia Moreyra.

 

Em 1975, após um concurso, começou seu primeiro estágio, no Departamento de Pesquisa do Jornal do Brasil.

 

Formou-se em 1976, foi contratada e, em 1978, foi para a reportagem geral do jornal, onde começou a carreira de repórter.

 

Em 1979, deixou o Jornal do Brasil para acompanhar o marido que trabalhava numa empresa de engenharia e foi transferido para a Argélia.

 

Engravidou, voltou para o Brasil e começou a trabalhar numa agência de publicidade, onde teve seu contato com o vídeo.

 

Ida para a TV Globo – Após passagens pela TV Aratu, na época afiliada da Globo, pela TV Bandeirantes e pela TV Manchete, entrou na Globo em 1984, como repórter em Minas Gerais.

 

No ano seguinte, participaria ativamente da cobertura da eleição e morte de Tancredo Neves. No dia da morte do primeiro presidente civil eleito após a ditadura militar, Sandra Moreyra apareceu no Jornal Nacional acompanhando o cortejo fúnebre.

 

Em 1986, a jornalista deixou Minas e voltou para o Rio e se tornou uma das principais repórteres da editoria, cobrindo todo o tipo de pauta na região metropolitana.

 

Sandra assinou o roteiro de "70", documentário sobre 70 presos políticos exilados no Chile na ditadura militar brasileira – G1.

 

Blog Carlos Magno



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