O Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste
da Borborema – Sintab afirmou na manhã desta sexta-feira (06) que a decisão da
Prefeitura de Campina Grande de retirar a gratificação GIT do contracheque dos
servidores lotados na Secretaria Municipal da Saúde vai prejudicar 95% dos
servidores lotados na pasta. O anúncio da extinção da GIT foi feito pela Secretária
de Saúde, Lúcia de Fátima Derks.
Para extinguir a GIT a Prefeitura vai enviar um Projeto de
Lei à Câmara. “Não tem sentido tirar algo que existe há vários anos, desde
Ronaldo Cunha Lima (quando era prefeito). É preciso moralizar essa gratificação
e não discriminar”, afirmou o presidente do Sintab, Napoleão Maracajá. Ele convocou
uma assembleia geral dos servidores para discutir esse assunto para as 8h da
próxima terça-feira.
Sindicato convocou assembleia para terça-feira visando discutir o corte da GIT
A notícia não foi bem recebida pelos servidores, sobretudo
às vésperas do período de Natal. Segundo Napoleão Maracajá, a Prefeitura
arrumou uma confusão ao anunciar o corte de uma gratificação que é paga a todos
os servidores da Saúde há mais de trinta anos. Ele lembrou que a GIT é uma
conquista histórica dos servidores e que todos os prefeitos, ao longo dos anos,
respeitaram o pagamento dessa gratificação.
“A GIT existe há mais de 30 anos, o prefeito Romero vai
tirá-la dos servidores”, disse. “Pense numa confusão que ele vai arrumar! Vou
votar contra o projeto do prefeito que retira a GIT dos servidores da saúde.
Pergunte ao vereador que você votou como ele vai votar!”.
Veja também:
- Presente de Natal: Prefeitura de Campina Grande anuncia retirada da GIT do contracheque dos servidores da Saúde
GIT foi criada por
Cássio – A GIT – Gratificação de Incentivo ao Trabalho foi criada na década
de 90 pelo então prefeito Cássio Cunha Lima, hoje Senador pelo PSDB. A sua
criação ocorreu para incentivar profissionais da Saúde a se interessar pelo
serviço público na Prefeitura de Campina Grande, que, à época, reconhecia que
os salários pagos não eram tão atrativos.
Na época, a gratificação chamava-se GIM – Gratificação de
Incentivo Municipal, que posteriormente foi transformada em GIT. Para criá-la,
o então prefeito Cássio Cunha Lima submeteu a proposta ao Conselho Municipal de
Saúde, que aprovou a iniciativa. A GIT é paga apenas aos servidores efetivos e
detentores de cargos comissionados. Os prestadores de serviço não tem direito a
este benefício.
Desde a sua criação, todos os prefeitos cumpriram com o
pagamento da GIT. Na gestão do ex-prefeito Veneziano Vital do Rêgo e das
ex-secretárias de Saúde Tatiana Medeiros e Marisa Agra, com a aprovação do
Plano de Cargos, Carreira e Remuneração dos servidores da Saúde, a GIT começou
a ser incorporada aos salários. A proposta era a de que, ao longo do tempo, a
GIT fosse incorporada aos salários de 100% dos servidores, o que não chegou a
ocorrer por conta da mudança de gestão.
Do Blog Carlos Magno, com Ass.Com Comunicação
& Marketing