Levantamento feito pela Consultoria Tendência mostra a
realidade da evolução e da retração do empregos formais nos oito primeiros
meses do governo Bolsonaro. Os dados mostram uma realidade que coloca os
estados do eixo Sul-Sudeste no topo da evolução econômica do país e relega ao
Nordeste os piores resultados, com fechamento de vagas formais e futuro
nebuloso.
Os dados foram publicados esta semana e estão detalhados na
edição da terça-feira do jornal O Globo. Das nove capitais do Nordeste, só São Luís
escapou. As demais registraram drásticas perdas de emprego.
Aqui em Brasília, o que se viu foram comemorações por parte
de aliados do presidente e queixas da oposição, sobretudo ao fato de os maiores
beneficiados com alguma ação governamental para estímulo à geração de emprego e
renda terem se concentrado no eixo Sul-Sudeste, enquanto que a região Nordeste,
segundo os comentários mais ácidos, ficou relegada a um papel secundário.
O que se extrai dos dados apontados pelo levantamento é que
o governo tem, sim, relegado o Nordeste a um segundo plano. Lamentavelmente.
Não basta colocar chapéu de couro na cabeça e dizer que tem parente em enésimo
grau natural do Ceará. O que a região precisa é de atenção e políticas públicas
que promovam a busca da equidade com as demais regiões do país – e olha que o nordestino
pede apenas para ser igual!!!
Mas o pior não é esta realidade. O pior é a tendência. E
pelo que os dados mostraram, junto com as perspectivas, só o Pai na causa...