Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Após dois dias preso, o presidente nacional do PL, Valdemar
Costa Neto, teve a liberdade provisória concedida pelo ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Costa Neto deixará a sede da
Polícia Federal, em Brasília, mas deverá cumprir uma série de medidas
cautelares sob a pena de voltar para a prisão.
Moraes liberou Costa Neto após a Procuradoria-Geral da
República (PGR) emitir parecer pela soltura. A PGR ressaltou a idade de
Valdemar, de 74 anos, e a ausência de grave ameaça ou violência para conceder a
liberdade.
Na noite de sexta-feira (9), o ministro tinha convertido em
preventiva – sem prazo para acabar – a prisão do presidente nacional do PL, mas
tinha pedido manifestação da PGR.
Os demais colaboradores do ex-presidente Jair Bolsonaro
tiveram a prisão mantida. Continuam com prisão preventiva decretada o
ex-assessor especial de Bolsonaro Filipe Martins Garcia; o coronel do Exército
Marcelo Costa Câmara, também ex-assessor especial; e o major Rafael Martins de
Oliveira.
Operação
Alvo de mandado de busca e apreensão da Operação Tempus
Veritatis (A Hora da Verdade), Costa Neto foi preso em flagrante na manhã de
quinta-feira (8) porque a Polícia Federal (PF) encontrou uma arma sem licença
de uso. Horas mais tarde, a PF informou ter encontrado uma pepita de ouro de
origem não comprovada com o político. O crime de usurpação mineral é
inafiançável.
A defesa de Costa Neto informou que a pepita era de baixo
valor e que a posse não configuraria um delito. Em relação à arma, os advogados
afirmaram que ela pertenceria a um parente e estaria registrada.
O advogado Fabio Wajngarten, que representa a defesa do
ex-presidente Jair Bolsonaro, escreveu sobre a decisão nas redes sociais. “O
presidente [nacional do PL] Valdemar acaba de ser solto decorrente de decisão
do Ministro Alexandre de Moraes. Teve concedida a sua liberdade provisória”,
postou Wajngarten na rede social X (antigo Twitter).
A Operação Tempus Veritatis investiga uma organização
criminosa que teria atuado na tentativa de golpe de Estado.
Wellton Máximo/Aline Leal – Agência Brasil