Foto: Marcos Corrêa/PR
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de
Moraes negou, nesta terça-feira (20), pedido da defesa do ex-presidente Jair
Bolsonaro para que ele fosse dispensado de comparecer à Polícia Federal (PF),
em interrogatório sobre o caso que apura a formação de uma suposta organização
criminosa para elaborar um golpe de Estado. O interrogatório está marcado para
a próxima quinta-feira (22).
Nessa segunda-feira (19), o magistrado já havia negado o
pedido da defesa do ex-presidente por um adiamento da oitiva. A alegação era de
que os advogados de Bolsonaro não tinham tido acesso integral ao processo. O
argumento havia sido rebatido pelo ministro, que negou tal obstrução aos autos.
O pedido negado hoje, segundo Moraes, não trouxe nenhum novo
argumento. “A defesa tem conhecimento da SV [Súmula Vinculante] do STF e da
jurisprudência pacificada em relação à colaboração premiada, porém insiste nos
mesmos argumentos já rejeitados em decisão anterior, onde ficou absolutamente
claro que o investigado teve acesso integral a todas as diligências efetivadas
e provas juntadas aos autos e que não há motivos para qualquer adiamento do
depoimento marcado pela Polícia Federal para o dia 22 de fevereiro próximo”.
Bolsonaro é um dos alvos na Operação Tempus Veritatis,
deflagrada há quase duas semanas pela PF. Ele teve o passaporte apreendido e
foi proibido de se comunicar com os demais investigados.
Segundo a PF, o grupo investigado é suspeito de tentar
“viabilizar e legitimar uma intervenção militar” no Brasil.
Marcelo Brandão – Agência Brasil