Foto: Primeiro Sargento Sionir/Exército Brasileiro
Ex-comandante do Exército, o general Marco Antônio Freire
Gomes afirmou em seu depoimento à Polícia Federal (PF) que disse ao
ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em mais de uma ocasião, que não havia
nenhuma prova de fraude nas urnas eletrônicas.
No depoimento, o general também afirmou ter se manifestado
contra iniciativas golpistas por parte de Bolsonaro que pudesse impedir a posse
de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O posicionamento do ex-comandante foi dito
tanto em reuniões com o próprio ex-presidente quanto em discussões reservadas
no Ministério da Defesa. As informações são do jornal O Globo.
Na última sexta-feira (1/3), Freire Gomes respondeu a cerca
de 250 perguntas sobre os dias finais de sua chefia no Exército.
Seu depoimento durou mais de sete horas.
De acordo com fontes envolvidas na investigação,
ex-comandante confirmou ter participado de uma reunião em que o ex-presidente
discutiu com comandantes das Forças uma minuta de golpe, confirmando as
informações relatada em delação premiada pelo ex-ajudante de ordens de Jair
Bolsonaro, Mauro Cid.
Freire Gomes foi comandante do Exército entre março e
dezembro de 2022, período em que as Forças Armadas e a Justiça Eleitoral
estavam em conflito sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas.
À época das eleições, as Forças Armadas realizaram uma
fiscalização no processo de votação eletrônico e não foi encontrada nenhuma
irregularidade.
O depoimento de Freire Gomes ainda está mantido sob sigilo.
A expectativa é a de que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal
Federal (STF), o divulgue em breve.
EM