
Foto: Reprodução
A PF (Polícia Federal) concluiu o inquérito e decidiu não
indiciar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por suposta importunação de uma
baleia jubarte durante passeio de moto aquática em São Sebastião (SP), em junho
do ano passado.
Fabio Wajngarten, ex-ministro e assessor de Bolsonaro,
também não foi indiciado.
Agora, o caso segue para análise do MPF (Ministério Público
Federal) em São Paulo. O órgão pode arquivar, pedir mais diligências à PF ou
oferecer denúncia à Justiça.
A investigação apurava possíveis crimes ambientais previstos
em lei, sobre "molestamento intencional" de baleias. A ação foi
aberta após circularem nas redes vídeos da moto aquática com motor ligado se
aproximando da jubarte.
O condutor pilotava o veículo a uma distância inadequada e
ainda gravava com o celular, segundo denúncia do MPF. O mamífero apresentava
"comportamento aéreo". É quando a baleia surge na superfície batendo
na água com a nadadeira peitoral e a cauda.
Bolsonaro passou o feriado de Corpus Christi naquela região
em 2023. Na ocasião, ele se encontrou com o vereador Wagner Teixeira, que foi
multado pelo Ibama por "desrespeito às regras de observação de
baleias".
O ex-presidente e apoiadores utilizaram o caso para reforçar
a narrativa de perseguição e ironizar a situação. Em novembro do ano passado,
Bolsonaro chegou a fazer uma fala gordofóbica e comparou o então ministro da
Justiça, Flávio Dino, a uma baleia.
EM