Fotos: Reprodução/Redes Sociais
A prisão em flagrante do empresário Guilherme Augusto Reis
Guimarães, de 38 anos, no fim de semana, foi convertida em preventiva, em
audiência de custódia realizada na manhã desta segunda-feira (10/6).
Ele foi preso por descumprir a medida protetiva contra uma
adolescente, de 16 anos, que estava desaparecida. Ele mantinha um
relacionamento abusivo com a menor desde que ela tinha 13 anos.
A decisão é da juíza Juliana Miranda Pagano, da Central de
Recepção de Flagrantes de Belo Horizonte.
O caso
A adolescente de 16 anos estava desaparecida desde a última
quinta-feira (6/6). Segundo Boletim de Ocorrência (B.O.) da Polícia Militar, a
jovem teria saído de casa, no Bairro Castelo, na Região da Pampulha, ao
meio-dia em um carro de aplicativo.
As investigações apontaram que o empresário mantinha com a
adolescente um relacionamento abusivo desde que ela tinha 13 anos. O relacionamento, inclusive, já teria dado
origem a outro Reds (Registro de Eventos de Defesa Social), narrando atritos
entre eles.Descobriu-se ainda que, a partir dessa investigação, que havia uma
medida protetiva que impedia o empresário de se aproximar da adolescente, como
parte de um processo em curso na Vara Especializada da Criança e Adolescente,
impetrado pelos pais da menina.
Pelas investigações, os agentes já acreditavam que o
suspeito sabia do paradeiro da adolescente. Na tarde de sábado (8/6), o empresário
foi preso quando chegava em seu apartamento. Num primeiro momento, ele negou
que estivesse com a jovem.
Porém, ele acabou confessando que a adolescente estava em um
barracão no Bairro Justinópolis, em Ribeirão das Neves, na Grande BH.
No apartamento do empresário foram encontradas munições
calibre 9mm. Tentando ficar livre das acusações, ele disse ser CAC
(Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador), no entanto, não tinha
documentação para comprovar a situação. Foram apreendidas 35 munições e dois
carregadores. O celular também foi apreendido.
O empresário levou os policiais até o barracão. Ao chegarem
ao local, o empresário foi mantido dentro do carro da polícia, enquanto os
investigadores foram até o barracão. Foram recebidos pela adolescente, que
alegou que tinha estado com o empresário, mas que ele tinha saído para tentar
contato com a mãe dela.
A menor foi conduzida para a delegacia e a mãe avisada que a
filha tinha sido encontrada. O empresário recebeu voz de prisão.
Depois de ouvida, na presença da mãe, a menor foi liberada e
retornou à sua casa. O empresário foi conduzido ao plantão da Delegacia
Especializada em Atendimento à Mulher (Deam), em BH, onde foi autuado, por
descumprimento de medida protetiva, expedida pela Vara Especializada da Criança
e Adolescente.
EM