Foto: Divulgação/Caixa
O FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) registrou um
lucro recorde de R$ 23,4 bilhões no ano passado. A correção do fundo por, no
mínimo, a inflação já vale para a distribuição do lucro bilionário do FGTS em
agosto, cujo formato será definido daqui 3 semanas. As informações são do g1.
O Conselho Curador do FGTS se reuniu na tarde desta
terça-feira (16) e aprovou as contas de 2023. Na reunião do dia 6 de agosto, o
conselho vai decidir o percentual de lucro a ser distribuído aos trabalhadores.
Essa divisão será feita até o dia 31 de agosto, informou o
Ministério do Trabalho.
No ano passado, na avaliação das contas de 2022, o conselho
distribuiu 99% dos rendimentos – em um total de R$ 12,7 bilhões.
O FGTS é corrigido pela Taxa Referencial (TR) mais 3%. A TR
é usada como referência para algumas aplicações financeiras.
No início de junho, o Supremo Tribunal Federal (STF)
entendeu que, quando a fórmula TR mais 3% ficar abaixo da inflação, o FGTS
precisa ser corrigido pelo IPCA.
Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, o cálculo ficou
em 4,96% em 2023. Ou seja, está acima da inflação registrada no ano, de 4,62%.
“Quando ainda somar a distribuição dos resultados, a
correção será superior aos 4,62% do IPCA. Mas ainda não se tem o valor da remuneração
auferida pelas contas com distribuição de resultados", disse a pasta.
Entenda a decisão
A maioria dos ministros do STF entendeu que o FGTS não é um
uma aplicação financeira e precisa cumprir sua função social.
Conforme a decisão do STF, nos anos em que a correção do
fundo não acompanhar a inflação, caberá ao Conselho Curador determinar a forma
de compensação.
Em 2021, por exemplo, a correção das contas foi de 5,83% – a
fórmula de cálculo resultou em 3%, mais a distribuição dos resultados. Naquele
ano, o IPCA ficou em 10,06%.
Ou seja, se o entendimento do STF já estivesse em vigor, a
correção deveria ter sido de 10,06%.
g1