Foto: Divulgação/Codecom-PMCG
A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Gerência
Executiva de Vigilância em Saúde, deu início aos preparativos para o dia D de
Vacinação contra a Raiva Animal, que vai acontecer no dia 31 de agosto, em toda
Paraíba. A iniciativa dos preparativos tem o objetivo de garantir que todos os
municípios do estado estejam abastecidos com os insumos necessários para a
realização da campanha.
De acordo com o chefe da Área Técnica do Núcleo de Controle
de Zoonoses da SES, Assis Azevedo, foram realizadas reuniões na sede das 12
Gerências Regionais de Saúde e com municípios correspondentes repassando as
informações sobre a operacionalização da campanha, visando uma boa cobertura
vacinal, período da campanha, informes técnicos e tirando dúvidas junto aos
técnicos dos diversos municípios.
“A partir do dia 12 de agosto, a SES iniciará a distribuição
dos insumos necessários (vacinas, seringas e agulhas) para as Gerências
Regionais de Saúde e esta faz a repartição aos municípios correspondentes.
Lembramos que a vacina é destinada, exclusivamente, para cães e gatos a partir
de três meses de idade e não tem contraindicação”, explicou.
Na Paraíba, a meta é imunizar 820.532 mil animais, sendo
602.378 cães e 218.154 gatos. Para isso, serão colocados à disposição da
população mais de 800 postos de vacinação espalhados nos 223 municípios do
estado, que funcionarão das 8h às 17h, no dia D de Vacinação, mobilizando
aproximadamente seis mil profissionais de saúde.
Desde 2008, o Programa Nacional de Imunização do Ministério
da Saúde disponibiliza a Vacina de Cultivo Celular para cães e gatos, que tem
uma melhor resposta imunológica e ação mais duradoura, sendo uma ação pactuada
junto à tripartite e que faz parte do Plano de Eliminação da Raiva Humana
transmitida por cães, principal fonte de infecção no ciclo urbano.
Todas as Gerências Regionais de Saúde e o Nível Central
estarão de plantão no dia 31 de agosto – dia D de Vacinação - dando suporte aos
municípios quanto aos insumos e dúvidas que possam acontecer.
“Vale ressaltar que o último caso de raiva canina ocorrido
na Paraíba foi em 2021 e na campanha serão utilizadas seringas e agulhas
descartáveis na proporção de uma seringa e uma agulha para cada animal
vacinado, propiciando uma melhor qualidade no serviço, evitando possíveis
contaminações”, reforçou Assis Azevedo.
A Paraíba não registra caso de raiva humana transmitida por
cães (Variante 1 e 2) há 25 anos. Os últimos casos da doença na Paraíba em
humanos ocorreram em 1999, cujo animal agressor foi o cão, nos municípios de
Queimadas e João Pessoa.
Os últimos casos de raiva humana ocorridos na Paraíba com
variante de outras espécies animais foram em 2015, no município de Jacaraú,
onde o animal envolvido no acidente foi um felino, porém o vírus identificado
foi o da Variante 3, oriundo dos morcegos hematófagos e o outro foi no ano de
2020 no município de Riacho dos Cavalos, tendo como animal agressor a raposa,
da Variante oriunda dos canídeos silvestre.
Como identificar a raiva
nos cães
Alguns sinais podem indicar a ocorrência de raiva em cães,
como anorexia, febre, agitação, disfagia, desatenção, elevação da temperatura,
aumento das pupilas e principalmente alteração de comportamento. Conforme a
doença se agrava, também é possível perceber a dificuldade em engolir,
salivação em excesso, falta de coordenação das patas e paralisia, sendo
facilmente atropelado e, por isso, recomendamos todo cuidado ao socorrer um
animal atropelado. A partir dessa etapa, a raiva costuma evoluir rapidamente
para o óbito.
Orientamos a necessidade de procurar o serviço de saúde mais
próximo da sua residência em todos os casos de agressões por animais mamíferos,
únicos animais susceptíveis ao vírus rábico, transmitida ao homem,
principalmente através da mordedura desde que estejam doentes (infectados), e é
caracterizada por um quadro neurológico que evolui para óbito em poucos dias.
A doença
A raiva é uma doença infecciosa aguda, de etiologia viral,
transmitida ao homem por meio da mordedura, arranhadura, lambedura de mucosas
ou pele lesionada por animais raivosos, provocando uma encefalite viral aguda.
A transmissão ocorre quando o vírus rábico existente na saliva do animal
infectado penetra no organismo.
A doença acomete o sistema nervoso central, levando ao óbito
após curta evolução. É letal em aproximadamente 100% dos casos, por ser causada
por um vírus mortal, tanto para os homens quanto para os animais, e a única
forma de evitá-la é pela vacinação anual, que não tem contraindicação.
A vacinação anual de cães e gatos é eficaz na prevenção da
raiva nesses animais, o que consequentemente previne também a raiva para os
humanos. Deve-se sempre evitar se aproximar de cães e gatos sem donos, soltos
nas ruas, não mexer ou tocá-los quando estiverem se alimentando, com crias ou
mesmo dormindo.
Secom-PB