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13/10/2024

Serviço municipal de hemodinâmica do Hospital Santa Isabel salva cinco vidas na noite do sábado, em João Pessoa



Foto: Kleide Teixeira/Secom-JP


Com mais de 3.400 procedimentos realizados, o serviço de hemodinâmica do Hospital Municipal Santa Isabel, referência no atendimento e tratamento cardiológico, ajudou a salvar mais cinco vidas na noite deste sábado (12), em decorrência da agilidade e qualidade dos serviços de saúde no Município de João Pessoa. O diagnóstico em todos os casos foi o mesmo, infarto agudo do miocárdio. Neste domingo (13), os pacientes se encontram em recuperação, se preparando para retornar às suas famílias.

 

Entre os pacientes está o caminhoneiro Ronaldo Martiniano, de 48 anos, morador do bairro do Valentina. Ele detalhou sobre o momento em que percebeu que não estava se sentindo bem. “Senti como se o peito estivesse rasgando, chamei minha irmã e ela me levou na UPA do Valentina. Lá já fui prontamente atendido, com médico e enfermeiras e disseram que eu estava tendo um infarto. Fui levado para área vermelha e vinte minutos depois já estava na ambulância vindo para o Hospital Santa Isabel. Se não fosse essa rapidez, eu não estaria aqui. Estou sendo muito bem atendido, sempre tem alguém vindo saber se estou bem, se preciso de alguma coisa”, disse o paciente.

 

O serviço de hemodinâmica do Hospital Santa Isabel funciona 24 horas, ininterruptamente, contando com equipe médica especializada, cardiologistas intervencionistas, enfermeiros, técnicos de enfermagem e toda a equipe de suporte. Dos cinco pacientes atendidos, quatro utilizaram o serviço de ambulância do próprio hospital, que é disponibilizado exclusivamente para pacientes cardiológicos. “Isso demonstra a capacidade do hospital em atender o paciente infartado e como foi mudado o contexto deste atendimento a partir do funcionamento da hemodinâmica. É com grande satisfação que a gente vê a contribuição que foi dada à população da Capital e da Grande João Pessoa a partir da inauguração da hemodinâmica do Santa Isabel”, destacou a médica Adriana Lobão, diretora-geral do Hospital Municipal Santa Isabel.

 

O matogrossense Nivaldo Lopes está passando férias em João Pessoa com a família. No sábado, ele sentiu uma dor no peito e buscou socorro na UPA Oceania, no bairro Aeroclube. “Estava no hotel e senti a dor e vi que não era normal. O atendimento na UPA foi muito bom. O médico foi atencioso e rápido, me deram remédio e me transferiram imediatamente para o Hospital Santa Isabel onde realizei o cateterismo e uma das veias estava entupida. Aqui no hospital o atendimento é excelente, as pessoas são muito atenciosas. É difícil encontrar pessoas atenciosas principalmente no serviço público, mas aqui o trabalho é diferenciado e as pessoas estão de parabéns pelo atendimento”, ressaltou.



Foto: Kleide Teixeira/Secom-JP

 

O que fazer

 

O infarto agudo do miocárdio tem como principais características a dor ou desconforto na região central do tórax, frequentemente acompanhado de falta de ar, palidez, suor frio, náusea e vômito. A pessoa que sentir estes sintomas deve se dirigir imediatamente a um serviço de pronto atendimento, seja na UPA ou no Ortotrauma de Mangabeira para que o diagnóstico seja feito a partir do eletrocardiograma e seja encaminhado imediatamente ao Santa Isabel para realização de cateterismo.

 

Segundo o cardiologista Fúlvio Petrucci, coordenador do serviço de hemodinâmica do Hospital Santa Isabel, o infarto agudo do miocárdio representa a principal causa de morte no mundo inteiro, se caracterizando pela oclusão da artéria coronária e o tempo é fator muito importante no tratamento destes pacientes porque quanto mais tempo a artéria fica fechada, mais músculo cardíaco se perde e será pior o prognóstico do paciente.

 

“Todos os procedimentos foram realizados em pacientes com essa necessidade do cateterismo urgente e isso foi um marco na assistência cardiovascular em João Pessoa, porque não havia um serviço público com funcionamento ininterrupto. Temos visto que esses pacientes têm uma evolução muito favorável, pois depois do atendimento, com dois ou três dias costumam ter alta hospitalar e voltar para o convívio de suas famílias numa condição muito melhor de saúde”, destacou Fúlvio Petrucci.

 

Eloísa Cândido/Secom-JP