Foto: Kleide Teixeira/Secom-JP
Com mais de 3.400 procedimentos realizados, o serviço de
hemodinâmica do Hospital Municipal Santa Isabel, referência no atendimento e
tratamento cardiológico, ajudou a salvar mais cinco vidas na noite deste sábado
(12), em decorrência da agilidade e qualidade dos serviços de saúde no
Município de João Pessoa. O diagnóstico em todos os casos foi o mesmo, infarto
agudo do miocárdio. Neste domingo (13), os pacientes se encontram em recuperação,
se preparando para retornar às suas famílias.
Entre os pacientes está o caminhoneiro Ronaldo Martiniano,
de 48 anos, morador do bairro do Valentina. Ele detalhou sobre o momento em que
percebeu que não estava se sentindo bem. “Senti como se o peito estivesse
rasgando, chamei minha irmã e ela me levou na UPA do Valentina. Lá já fui
prontamente atendido, com médico e enfermeiras e disseram que eu estava tendo
um infarto. Fui levado para área vermelha e vinte minutos depois já estava na
ambulância vindo para o Hospital Santa Isabel. Se não fosse essa rapidez, eu
não estaria aqui. Estou sendo muito bem atendido, sempre tem alguém vindo saber
se estou bem, se preciso de alguma coisa”, disse o paciente.
O serviço de hemodinâmica do Hospital Santa Isabel funciona
24 horas, ininterruptamente, contando com equipe médica especializada,
cardiologistas intervencionistas, enfermeiros, técnicos de enfermagem e toda a
equipe de suporte. Dos cinco pacientes atendidos, quatro utilizaram o serviço
de ambulância do próprio hospital, que é disponibilizado exclusivamente para
pacientes cardiológicos. “Isso demonstra a capacidade do hospital em atender o
paciente infartado e como foi mudado o contexto deste atendimento a partir do
funcionamento da hemodinâmica. É com grande satisfação que a gente vê a
contribuição que foi dada à população da Capital e da Grande João Pessoa a
partir da inauguração da hemodinâmica do Santa Isabel”, destacou a médica
Adriana Lobão, diretora-geral do Hospital Municipal Santa Isabel.
O matogrossense Nivaldo Lopes está passando férias em João
Pessoa com a família. No sábado, ele sentiu uma dor no peito e buscou socorro
na UPA Oceania, no bairro Aeroclube. “Estava no hotel e senti a dor e vi que
não era normal. O atendimento na UPA foi muito bom. O médico foi atencioso e
rápido, me deram remédio e me transferiram imediatamente para o Hospital Santa
Isabel onde realizei o cateterismo e uma das veias estava entupida. Aqui no
hospital o atendimento é excelente, as pessoas são muito atenciosas. É difícil
encontrar pessoas atenciosas principalmente no serviço público, mas aqui o
trabalho é diferenciado e as pessoas estão de parabéns pelo atendimento”,
ressaltou.
Foto: Kleide Teixeira/Secom-JP
O que fazer
O infarto agudo do miocárdio tem como principais
características a dor ou desconforto na região central do tórax, frequentemente
acompanhado de falta de ar, palidez, suor frio, náusea e vômito. A pessoa que
sentir estes sintomas deve se dirigir imediatamente a um serviço de pronto
atendimento, seja na UPA ou no Ortotrauma de Mangabeira para que o diagnóstico
seja feito a partir do eletrocardiograma e seja encaminhado imediatamente ao
Santa Isabel para realização de cateterismo.
Segundo o cardiologista Fúlvio Petrucci, coordenador do
serviço de hemodinâmica do Hospital Santa Isabel, o infarto agudo do miocárdio
representa a principal causa de morte no mundo inteiro, se caracterizando pela
oclusão da artéria coronária e o tempo é fator muito importante no tratamento
destes pacientes porque quanto mais tempo a artéria fica fechada, mais músculo
cardíaco se perde e será pior o prognóstico do paciente.
“Todos os procedimentos foram realizados em pacientes com
essa necessidade do cateterismo urgente e isso foi um marco na assistência
cardiovascular em João Pessoa, porque não havia um serviço público com
funcionamento ininterrupto. Temos visto que esses pacientes têm uma evolução
muito favorável, pois depois do atendimento, com dois ou três dias costumam ter
alta hospitalar e voltar para o convívio de suas famílias numa condição muito
melhor de saúde”, destacou Fúlvio Petrucci.
Eloísa Cândido/Secom-JP