Foto: Ilustração/Pixabay
Uma quadrilha baseada em Uberlândia, no Triângulo Mineiro,
foi alvo de uma operação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) na
segunda-feira (02). Os suspeitos, segundo a investigação, emitiam notas fiscais
falsas cuja soma chegou a R$ 136 milhões desde o início da fraude. O objetivo
da organização criminosa era "esquentar" produtos de crime.
Dentro da Operação Hybris foram cumpridos dez mandados de
prisão e 21 mandados de busca e apreensão, em diferentes estados do Brasil. A
ação buscou desarticular a organização criminosa que criava empresas fictícias
utilizadas para a emissão de notas fiscais eletrônicas com dados falsos
(NFA-e).
"O esquema visava dissimular a natureza, origem,
localização, movimentação e propriedade de tratores e maquinários agrícolas
provenientes de roubos e furtos", informou o MP. A apuração aponta que a
organização tinha base operacional em Uberlândia, mas registrou empresas nos
estados do Maranhão, Rondônia, Rio de Janeiro e Amazonas.
Os criminosos utilizavam identidades, números de telefone e
endereços eletrônicos de terceiros. Com isso conseguiram emitir mais de 500
notas fiscais fraudulentas.
Os mandados estão sendo cumpridos nos municípios de Patos de
Minas, no Alto Paranaíba; e em Uberlândia e Uberaba, no Triângulo. Também houve
desdobramentos da operação em Goiânia, Santa Helena de Goiás, Bom Jesus de
Goiás, em Goiás; no Distrito Federal (DF) e em Eldorado dos Carajás (PA).
A operação foi coordenada pelo Grupo de Apoio Especial ao
Crime Organizado (Gaeco) de Patos de Minas, em conjunto com a 10ª Região da
Polícia Militar de Minas Gerais e com o apoio dos Gaecos de Uberlândia e
Uberaba, e dos Gaecos dos Ministérios Públicos dos Estados de Goiás, Pará e do
Distrito Federal.
EM