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Pesquisa do instituto Datafolha divulgada neste sábado (5/4)
mostra que, apesar da queda de popularidade, o presidente Lula (PT) lidera em
todos os cenários eleitorais para 2026. Em um panorama de primeiro turno com
Jair Bolsonaro (PL) — ele está inelegível até 2030 —, o petista teria 36%
contra 30% do oponente.
Nesse caso, com resposta estimulada (em que as opções são
apresentadas a quem participa da pesquisa), Ciro Gomes (PDT) teria 12%; Pablo
Marçal (PRTB) — também inelegível — teria 7% e Eduardo Leite, 5%. Veja os
cenários abaixo:
Cenário com Jair Bolsonaro
• Lula (PT) – 36%;
• Jair Bolsonaro (PL) – 30%;
• Ciro Gomes (PDT) – 12%;
• Pablo Marçal (PRTB) – 7%;
• Eduardo Leite (PSDB) – 5%;
• Em branco/nulo/nenhum – 9%;
• Não sabem – 2%.
A pesquisa também apresentou outros cenários. Sem Jair
Bolsonaro, os votos se dividem entre outros candidatos do campo da direita,
como o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); Pablo
Marçal; o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD); Romeu Zema (Novo); e
Ronaldo Caiado (União Brasil). Este último lançou sua pré-candidatura na última
sexta-feira (4).
Cenário sem Jair Bolsonaro
• Lula (PT) – 35%;
• Tarcísio de Freitas (Republicanos) – 15%;
• Ciro Gomes (PDT) – 11%;
• Pablo Marçal (PRTB) – 11%;
• Ratinho Junior (PSD) – 5%;
• Eduardo Leite (PSDB) – 3%;
• Romeu Zema (Novo) – 3%;
• Ronaldo Caiado (União Brasil) – 2%
• Em branco/nulo/nenhum – 11%;
• Não sabem – 3%.
Cenário com Eduardo Bolsonaro
Em um cenário com o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro
(PL-SP), o congressista licenciado perderia não só para Lula como também para
Ciro Gomes, ficando à frente dos demais nomes do campo da direita.
• Lula (PT) – 35%;
• Ciro Gomes (PDT) – 12%;
• Eduardo Bolsonaro (PL) – 11%;
• Pablo Marçal (PRTB) – 10%;
• Ratinho Junior (PSD) – 6%;
• Romeu Zema (Novo) – 4%;
• Eduardo Leite (PSDB) – 4%;
• Ronaldo Caiado (União Brasil) – 3%
• Em branco/nulo/nenhum – 12%;
• Não sabem – 3%.
Briga contra impopularidade
A pesquisa Datafolha deste sábado também trouxe novos
números da taxa de popularidade de Lula e mostrou que o governo conseguiu frear
a queda, mas a taxa de reprovação ainda supera a de aprovação. Os que
consideram o governo ruim ou péssimo são 38%; os que consideram ótimo ou bom
são 29%. Já os que consideram regular são 32%. Não sabem: 1%.
Os números foram comemorados pelo entorno do presidente
Lula, já que o Planalto tem lutado desde janeiro contra uma crise de
popularidade. A ordem é mostrar serviço e tentar emplacar políticas públicas em
diversos ministérios para ter o que mostrar nas eleições de 2026.
“(A pesquisa) indica uma tendência muito importante. (…) Até
o final do ano a gente já virou o jogo. Eu tenho essa convicção por vários
motivos. (…) Eu tenho convicção de que a gente vira o jogo, de que nós vamos
eleger novamente Luiz Inácio Lula da Silva presidente da República e livrar o
Brasil dessa chaga do fascismo, da extrema-direita”, disse o líder do PT
Lindbergh Farias (PT-RJ).
Jogo de narrativas
Já no campo da direita, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ)
disse que as pesquisas “parecem não andar nas mesmas ruas que o povo” e que a
diferença de tratamento entre Lula e Bolsonaro nas ruas — critério subjetivo e
sujeito a distorções, já que não é possível checar a informação de forma
objetiva — fala mais alto.
“Se colocar Bolsonaro e Lula em qualquer praça pública, a
diferença é clara: enquanto o ocupante do Palácio do Planalto só vive andando
escondido e, quando aparece, recebe vaias, Bolsonaro anda de voo comercial, vai
em lanchonete, pastelaria e é sempre muito bem recebido pelos brasileiros”,
disse Flávio Bolsonaro em seu perfil no X.
A pesquisa foi realizada presencialmente com 3.054 pessoas
de 16 anos ou mais em 172 municípios brasileiros de 1º a 3 de abril. A margem
de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Correio Braziliense