
Foto: Josenildo Costa/CMCG
Na 23ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Campina
Grande, realizada com a presença de 21 vereadores, os trabalhos foram
conduzidos pelo presidente Luciano Breno e secretariados pelo vereador Saulo
Noronha. A sessão contou com participações no pequeno e grande expediente, onde
foram debatidas demandas da cidade, proposituras legislativas e temas sensíveis
à população, como segurança pública, bem-estar animal e infraestrutura esportiva.
Ao longo da ordem do dia, foram aprovados 71 projetos, entre projetos de lei e
de resolução, de autoria de diversos parlamentares.
Pequeno e Grande expediente
Rostand Paraíba solicitou ao secretário de Esporte a limpeza
dos campos de pelada e com relação à Vila Olímpica do Plínio Lemos, destacou
que o local está sem condições de sediar competições. Relatou um incidente
recente em que um jogador se chocou com um alambrado e precisou ser socorrido
pelo SAMU. O vereador também pediu ao gestor municipal a criação das arenas
esportivas já aprovadas pela Câmara, enfatizando a importância desses espaços
para a realização de campeonatos, como exemplo, da Copa Campina. Dinho
Papa-Léguas, em resposta a demanda do vereador, informou que já dialogou com o
secretário de Esporte, que se comprometeu com a limpeza dos espaços e com a
resolução do problema relacionado ao alambrado da Vila Olímpica do Plínio
Lemos.
Waléria Assunção registrou a passagem do Dia do Jornalista,
comemorado em 07 de abril, ressaltando a importância da profissão para a
democracia e destacando o papel do jornalismo como instrumento de voz para o
povo. A vereadora também mencionou projetos de lei de sua autoria, direcionados
à causa animal, e a proposta que trata da transparência em obras públicas, com
a inclusão de QR CODES nas placas informativas, permitindo à população o
acompanhamento dos investimentos e do andamento das construções.

Foto: Josenildo Costa/CMCG
Alexandre Pereira relatou visita ao bairro Portal Sudoeste,
na semana passada, onde acompanhou, ao lado do secretário Dorgival Villar, os
trabalhos da SESUMA, como limpeza de terrenos, operação tapa-buracos e outras
ações. Em seguida, criticou a ausência de segurança pública por parte do
Governo do Estado, citando casos recentes de violência, como uma tentativa de
assalto no Açude Velho, em que um cidadão foi alvejado com dois disparos, e o
episódio ocorrido na UEPB, que resultou na morte de uma das vítimas. Alexandre
alertou para a crescente sensação de insegurança da população, destacando que
muitos cidadãos sequer registram mais boletins de ocorrência por furtos de
celulares. Segundo ele, o governo tenta transmitir uma imagem de segurança que
não condiz com a realidade vivida nas ruas.
Jô Oliveira registrou a presença dos alunos do curso de
Geografia da UFCG e de estudantes da escola do bairro Mutirão, destacando a
importância da participação da juventude nos espaços legislativos. Em seguida,
prestou solidariedade às vítimas do ocorrido na UEPB, com menção especial à
família de Keninho, que veio a óbito. A vereadora também compartilhou seu
agradecimento ao Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, por ter sido uma das
homenageadas no encerramento do mês de março, em reconhecimento ao trabalho de
mulheres em diversas áreas, como política, saúde e educação. A homenagem foi
realizada em parceria com o projeto Aurora em Movimento e a OAB – Ordem dos
Advogados do Brasil. Por fim, convidou a população para a audiência pública que
ocorrerá às 19h, em alusão ao Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna e
Enfrentamento à Violência Obstétrica, celebrado em 28 de maio. A vereadora
ressaltou que diversas representações foram convidadas para compor o debate e
discutir alternativas para o enfrentamento desse problema que afeta mulheres em
todo o país.
Olimpio Oliveira fez esclarecimentos sobre o projeto pautado
na última quinta-feira, explicando que a proposta trata do cumprimento de norma
já estabelecida pelo Conselho Federal de Medicina, que garante a gestante o
direito à informação sobre a escolha do tipo de parto no momento em que dá
entrada em maternidade pública ou privada. Segundo ele, o projeto de lei busca
reforçar esse direito no âmbito municipal, suprindo lacunas da resolução
federal ao prever, por exemplo, publicização da norma e aplicação de
penalidades em caso de descumprimento. Por fim, informou que protocolou um
requerimento solicitando que a Casa Legislativa siga o regimento interno, a fim
de que o projeto possa ser devidamente apreciado.

Foto: Josenildo Costa/CMCG
Votação de Projetos e Requerimentos
Foram aprovados 71 Projetos de Lei e Projetos de Resolução,
que abrangem as áreas de educação, inclusão, saúde, diretos e cidadania,
mobilidade urbana, inovação e cultura, além de projetos que também preveem mais
transparência e segurança no município e realização de ações na área do esporte
e da juventude. Os projetos foram de autoria de diversos vereadores, sendo
aprovados por unanimidade.
Em destaque pelo vereador Alexandre Pereira, o Projeto de
Emenda à Lei Orgânica nº 001/2025, de autoria do vereador Anderson Almeida, que
propõe a modificação do artigo 230 da Lei Orgânica do Município de Campina
Grande, passando a garantir gratuidade no transporte público para pessoas a
partir dos 60 anos de idade. Atualmente, o Estatuto do Idoso assegura a
gratuidade apenas para idosos com 65 anos ou mais, mas permite que legislações
locais ampliem esse direito para a faixa etária a partir de 60 anos, conforme a
realidade de cada município.
Segundo a justificativa apresentada pelo autor, a proposta
visa atender um grupo populacional que mais cresce no país e que, muitas vezes,
enfrenta dificuldades financeiras, como a necessidade de comprar mais medicamentos,
o que compromete sua locomoção e impede o exercício de atividades básicas do
dia a dia. A ausência de mobilidade, segundo ele, reduz a qualidade de vida e a
perspectiva de longevidade dessas pessoas. Para o vereador e autor da emenda, a
aprovação trará reconhecimento, dignidade e valorização para a população idosa
do município. “São apenas cinco anos de diferença, mas pode mudar a vida dessas
pessoas”, destacou o vereador ao defender a proposta.

Foto: Josenildo Costa/CMCG
Alexandre Pereira sugeriu a retirada temporária do projeto,
com o objetivo de realizar um estudo de impacto financeiro da medida. Segundo
ele, é importante verificar a viabilidade orçamentária da proposta, evitando
que a norma seja aprovada sem garantias de execução. “É um projeto importante,
com impacto social positivo, mas é necessário que a Casa tenha clareza sobre
sua viabilidade. Caso contrário, corre o risco de ser vetado por falta de
previsão orçamentária”, justificou.
Os vereadores Olimpio Oliveira, Sargento Wellington, Waléria
Assunção e Jô Oliveira apoiaram a propositura e aprovação do projeto,
justificando o impacto social e o reconhecimento da população nessa faixa
etária. Para ampliar a compreensão da viabilidade do projeto e para que a
Comissão de Constituição, Justiça e Redação possa emitir seu parecer, o
vereador e autor da propositura Anderson Almeida solicitou a retirada do
projeto, que será apreciado posteriormente.
Acesse a sessão completa por meio do Canal Oficial do
youtube (@camaracgoficial). Confira também o andamento das matérias que tramitam
no SAPL – Sistema de Apoio ao Processo Legislativo.
DIVICOM/CMCG