
Foto: Reprodução/Redes Sociais
O corpo da bebê Ana Beatriz, que desapareceu quando tinha
apenas 15 dias de vida, foi encontrado nesta terça-feira (15/5) no quintal da
casa da mãe, Eduarda Silva de Oliveira, de 22 anos. A criança estava
desaparecida desde a última sexta-feira (11/4), em Novo Lino (AL). Segundo a TV
Gazeta, a Polícia Civil foi ao local após a mãe informar onde estava o corpo.
O corpo foi encontrado dentro de armário, enrolado em um
saco plástico. Não há informações sobre a causa da morte.
O caso mobilizou as forças de segurança do estado. O chefe
da Secretaria de Estado da Segurança Pública de Alagoas (SSP), Flávio Saraiva,
que esteve pessoalmente na cidade, e o delegado Igor Diego, diretor da
Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), atualizaram
o caso em coletiva.
Segundo o delegado, a mulher prestou cinco depoimentos à
polícia, todos com uma versão diferente. Na primeira versão, ainda na
sexta-feira (11/4), a mãe da menina contou que a filha foi tirada dos braços
dela enquanto esperava ônibus em trecho da BR 101, no Povoado de Euzébio,
divisa com Pernambuco. No entanto, testemunhas que estavam no local relataram
que não viram o automóvel citado pela mulher, um Classic preto, e que Eduarda
estava sem a criança na ocasião.
“Ela apresentou cinco versões diferentes. E durante esses
dias, gastamos toda a energia da Polícia Militar e da Polícia Civil para
verificar cada uma das versões”, relatou o delegado. Quando mostramos que não
batiam com os fatos, ela inventava uma nova versão. E não tínhamos como
descartar nenhuma até então”.
A Polícia Civil investiga agora a última versão, em que a
mulher afirma ter tido a casa invadida. Segundo ela, dois homens entraram na
residência durante a madrugada, após ela ter deixado a porta aberta. Os dois
citados estariam encapuzados e com luvas e casacos, e teriam abusado
sexualmente da mulher antes de levar a bebê.
A equipe responsável pela investigação afirma que o depoimento
apresenta inconsistências. Segundo Igor Diego, testemunhas contaram que não
viram Ana Beatriz desde a noite de quinta-feira (10/4). Os vizinhos também
afirmam que não ouviram choro ou sinais da presença da criança na madrugada
anterior ao suposto sequestro.
Correio Braziliense