
Foto: Sérgio Lucena/Secom-JP
Na 199ª Reunião Ordinária do Conselho Curador do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), realizada na segunda-feira (15), foi
aprovada a proposta do Ministério das Cidades que cria o programa Minha Casa,
Minha Vida – Classe Média. A nova modalidade é voltada para famílias com renda
bruta de até R$ 12 mil mensais, que atualmente não se enquadram nas faixas de
habitação popular.
O programa permitirá o financiamento de imóveis novos ou
usados com valor de até R$ 500 mil, com taxa de juros nominal de 10% ao ano. A
expectativa é beneficiar cerca de 120 mil famílias ainda em 2025.
Segundo o secretário-executivo do Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE), Francisco Macena, que presidiu a reunião, o fundo está cumprindo
sua função de financiar a habitação, sempre com atenção à sustentabilidade do
FGTS. “É um grande passo para a habitação e para a inclusão de famílias que
estão afastadas da habitação popular”, argumentou.
De acordo com o secretário-executivo do Ministério das
Cidades, Hailton Madureira, o objetivo é ampliar o acesso à casa própria para
mais pessoas. “Corrigimos os limites de renda, criamos o Minha Casa, Minha Vida
– Classe Média e seguimos com o nosso compromisso de mostrar que este é um
programa para todos”, afirma. A medida atende a um pedido do presidente Lula,
feito em 2023, com o objetivo de contemplar a classe média.
Os recursos destinados a essa faixa de renda virão da
transferência de R$ 15 bilhões atualmente alocados ao programa Carta de Crédito
Individual (CCI). Os financiamentos serão divididos igualmente: 50% do valor
será financiado pelo FGTS e os outros 50% virão das instituições financeiras
habilitadas pelo Agente Operador do FGTS. A nova modalidade está prevista para
ser lançada em maio.
Dessa forma, os R$ 15 bilhões disponibilizados pelo FGTS
serão potencializados com outros R$ 15 bilhões provenientes de fontes como o
Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e a Letra de Crédito Imobiliário
(LCI). Isso dobrará o alcance da nova linha de crédito, permitindo atender
cerca de 120 mil famílias ainda neste ano.
Também foram aprovados ajustes nos limites das faixas de
renda. A faixa 1 foi elevada de R$ 2.640,00 para R$ 2.830,00; a faixa 2, de R$
4.400,00 para R$ 4.700,00; e a faixa 3, de R$ 8.000,00 para R$ 8.600,00. Além
disso, em 2025, houve uma redução nas contratações de imóveis usados,
priorizando os imóveis novos. Em 2024, foram contratadas 441.080 unidades
habitacionais novas e 164.483 usadas. Já em 2025, o número de unidades novas
aumentou para 485.052, enquanto as usadas caíram para 118.690. A queda na
contratação de imóveis usados foi compensada pelo aumento das unidades novas.
Agência Gov