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A defesa da Dra. Alanna Galdino, indicada pela Assembleia
Legislativa da Paraíba para o Tribunal de Contas do Estado da Paraíba – TCE-PB,
emitiu nota neste sábado (19) questionando exigências apresentadas pelo Ministério
Público de Contas – MPC junto ao TCE. Segundo a nota publicada, a indicação
seguiu todos os trâmites de forma absolutamente legal, o que não justifica o
órgão querer questionar o processo.
Eis a nota, na íntegra:
A nomeação da Dra. Alanna Galdino para o cargo de
conselheira do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) tem sido objeto
de controvérsia. Apesar de atender a todos os requisitos legais, o Ministério
Público de Contas (MPC) junto ao TCE tem questionado a indicação, motivado pelo
fato de a Dra. Alanna Galdino ser filha do presidente da Assembleia Legislativa
da Paraíba (ALPB) – circunstância que não configura impedimento legal para a
nomeação.
A indicação da Dra. Alanna Galdino foi realizada pela ALPB,
que conta com 36 deputados, e obteve expressiva aprovação, com apenas um voto
contrário e três abstenções, incluindo a do seu pai, sendo a única candidata
inscrita . A prerrogativa de indicação para a vaga em questão é do Poder
Legislativo, e a indicada preenche todos os critérios estabelecidos em lei e na
Constituição.O Governador João Azevedo formalizou a nomeação, cumprindo um
dever previsto na Constituição, restando apenas a ratificação pelo plenário do
TCE.
Contudo, o MPC tem apresentado objeções adicionais. A mais
recente manifestação, de autoria do Dr. Bradson Tibério, procurador do
Ministério Público de Contas da Paraíba, foi fortemente criticada pela
sociedade e pela defesa da Dra. Alanna Galdino. Em sua argumentação, ao invés
de se ater à aplicação da lei, o procurador utilizou uma citação da música
popular brasileira ("não podemos negar as aparências e disfarçar as
evidências, não podemos viver fingindo"), o que foi considerado descabido por
segmentos jurídicos e advogados que acompanham o processo de indicação.
Em resposta, a defesa da Dra. Alanna Galdino, representada
pelo advogado Solon Benevides argumentou no processo, na última sexta feira,
que "negar as aparências" neste contexto se traduz em "realizar
questionários inquisitivos, formulados ao bel prazer dos ilustres auditores,
contendo ilações equivocadas, que relembram um tenebroso período recente da
história do país".
O procurador do MPC ainda levou uma invertida através da
defesa, que na petição enviada ao TCE afirmou que a fala do procurador do MPC
"significa também, realmente fingir que não há uma tentativa de retroceder
nos fatos históricos, sem levar em consideração as provas irrefutáveis do
preenchimento dos requisitos legais e constitucionais da indicada.
Para a defesa da Dra. Alanna Galdino, o MPC deveria
reconhecer e celebrar o marco histórico de que, pela primeira vez, a corte de
contas da Paraíba será composta por uma mulher entre seus conselheiros, e não
mais apenas por homens, o que representa um avanço significativo e motivo de
orgulho para o estado. Sim!! Teremos uma conselheira!!
Da Redação