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25/05/2025

Ex-comandante da Aeronáutica diz que plano de Bolsonaro era prender Moraes e impedir posse de Lula



Foto: Carolina Antunes/PR


O ex-comandante da Força Aérea Brasileira, o tenente-brigadeiro Baptista Júnior, confirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro foi ameaçado de prisão pelo ex-comandante do Exército, Freire Gomes, caso levasse adiante o plano de golpe de Estado.

 

Baptista Júnior prestou depoimento, nesta quarta-feira (21), como testemunha da ação penal que apura a tentativa de golpe para manter Bolsonaro no poder.

 

Na última segunda-feira (19), o general Freire Gomes negou que tenha ameaçado Bolsonaro de prisão, mas alertou que o ex-presidente poderia ser enquadrado juridicamente caso tomasse alguma medida ilegal.

 

A fala de Freire Gomes ocorreu em reunião ocorrida em novembro de 2022, no Palácio do Alvorada, após a derrota de Bolsonaro na eleição.

 

O tenente-brigadeiro Baptista Júnior também confirmou que foi apresentada uma minuta de decreto, pelo ex-ministro da Defesa, general Paulo Sérgio, que impediria a posse do presidente Lula.

 

Baptista Júnior também confirmou que o ex-comandante da marinha, o almirante Almir Garnier, teria colocado as tropas da Marinha “à disposição” de Bolsonaro.

 

Baptista Júnior é uma das 82 testemunhas arroladas pela defesa e pela acusação na Ação Penal 2.668, que apura a responsabilidade do núcleo crucial da tentativa de golpe de Estado, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete ex-ministros e assessores.

 

O relator do caso na 1 ª turma do STF, Alexandre de Morares, proibiu qualquer tipo de gravação das audiências. Jornalistas foram autorizados a acompanhar os testemunhos.

 

Agência Brasil

 

Informação Adicional: O site da BBC News publicou a informação de que, durante o depoimento, Baptista Júnior disse claramente que foi discutida a possibilidade de prisão do ministro do STF Alexandre de Moraes, então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e que que o ex-presidente Jair Bolsonaro levou ao comando das Forças Armadas a ideia de instaurar um Estado de Defesa no país, no final de 2022, para impedir a posse do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.