
Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil
O presidente Lula anunciou que pretende assumir diretamente
a comunicação do governo em resposta aos ataques da oposição e às trapalhadas
ocorridas nos últimos meses.
Ao participar de um evento no Mato Grosso, o chefe do
Planalto disse estar na hora de “fazer política” para rebater uma suposta onda
de mentiras, fake news e canalhice que estaria varrendo o país.
Talvez seja um movimento necessário o chefe do Planalto
assumir a defesa de seu governo, especialmente após as ausências nas recentes
crises. Lula demitiu Lupi no dia 2, antes de viajar à Rússia e à China, mas a
medida foi insuficiente para conter os estragos provocados pelo escândalo do
INSS. E, na sexta-feira, o governo ficou novamente mal na foto após a péssima
repercussão das mudanças no IOF, anunciadas pelo Ministério da Fazenda.
Ao avisar que vai voltar à refrega política, Lula mais uma
vez reforça a ideia de que ele, e não o governo, é que merece a confiança do
eleitor. Essa estratégia antecipa o que pode ocorrer em 2026, quando os
brasileiros terão de escolher entre a continuidade de uma administração que
acumula erros e acertos, ou uma nova possibilidade no campo da direita, sob a
influência do inelegível Jair Bolsonaro.
Da Coluna da Denise, assinada pela jornalista Denise Rothenburg no Correio Braziliense