
Foto: Divulgação/Câmara de Três Corações
A Câmara de Três Corações, no Sul de Minas, cassou nesta
quarta-feira (4/6) o mandato do vereador Evandro Guimarães (PL), investigado
pela Polícia Civil sob suspeita de violência sexual contra sua filha de 14
anos. O político ainda poderá recorrer da decisão.
Dos 13 representantes do legislativo tricordiano, nove
votaram a favor da cassação: Du Cara Gorda (PSDB), Gambá (PDT), Elias do
Projeto Ypiranga (PRD), Fredy Costa (PRD), Leonardo Farah (PSDB), Leonardo
Vilela (PP), Mônica Lemes (Avante), Vinicius Dutra (Rede) e o presidente da
Casa, DJ Wesley (Podemos).
Dois parlamentares votaram contra: Lucíola Perita (Avante) e
Werbinho (PL). Christian Pereira (PL), suplente de Guimarães, e Ricardo
Ferreira (Avante) se abstiveram de votar.
Para a votação, o plenário da Câmara ficou esvaziado, devido
ao segredo de Justiça da investigação e à presença de dados envolvendo menores
de idade. Durante o processo, a Polícia Civil afirmou que vai sugerir ao
Ministério Público o arquivamento da denúncia, por falta de elementos para que
o vereador seja indiciado.
A investigação teve início após a mãe da adolescente
registrar um boletim de ocorrência contra o político, sob suspeita de que ele
teria passado a mão nas partes íntimas da jovem durante o Carnaval em Bom
Sucesso.
Nas redes sociais, Guimarães afirmou ser inocente e alegou
perseguição política. Ele também declarou que o processo de cassação foi
baseado em um documento sigiloso, que teria sido vazado ilegalmente.
“Infelizmente, a esquerda se uniu e está usando a
instituição da comissão processante e a nossa casa de leis para me atacar, para
me perseguir politicamente”, afirmou o político que acusou o advogado da
comissão de receber R$ 30 de fundo eleitoral da campanha do PT nas últimas
eleições municipais.
EM