
Foto: Carla Borba/Codecom-PMCG
Para passar a noite no forró é preciso garantir energia com
alimentação nutritiva desde o café da manhã. Os forrozeiros sabem bem disso e
também entendem que tem um lugar que pode fornecer muito além do pãozinho para
a refeição matinal. Não é à toa que estão superlotando as panificadoras locais.
O setor registrou até agora um crescimento de 30% a 50% no faturamento em
relação ao período anterior aos festejos juninos. Nos dias de maior pico tem
padaria com cliente esperando mesa desocupar para tomar o café da manhã.
“Domingo passado a gente precisou baixar as portas da
padaria porque não havia mais condições de atender. Atingimos a lotação
máxima”, contou o gerente da Panificadora Campinense, Leopoldo Gaudêncio.
Segundo Leopoldo, aos sábados e domingos estão sendo
servidos em média 300 e 400 cafés da manhã, respectivamente. As vendas mais que
dobraram em relação ao período que antecede aos festejos juninos. Nos dias de
semana, a média gira em torno de 70 cafés por dia. As exceções foram a véspera
e o dia de São João, 23 e 24 de junho quando foram servidos 200 cafés da manhã
na segunda e 200 na terça-feira. Em 29 dias de festa já foram vendidos quase 5
mil cafés da manhã. O aumento, no faturamento, chega a 50%. E para dar conta
nos finais de semana a equipe cresce com a contratação de mais 10 pessoas.
O aumento da demanda não se restringe aos estabelecimentos
instalados no Centro da cidade. O proprietário da panificadora KiMassa,
localizada no bairro do Cruzeiro, Sammy Rosemberg, celebra o resultado das
vendas durante o São João, mesmo faltando 10 dias para encerrar o evento. “Cada
edição do São João em Campina Grande o nosso faturamento só aumenta. Esse ano
tivemos um crescimento de 30% e um dos pontos mais positivos está sendo o café
da manhã”, comemorou.
De acordo com Sammy, os moradores do bairro que recebem
familiares e amigos durante o período junino fazem da padaria o local ideal
para o desjejum dos convidados, apostando na praticidade e comodidade da oferta
de um café reforçado com os sabores do Nordeste. “Oferecemos tapioca, macaxeira
com carne, cuscuz com bode, pão com queijo e sopa”. O fluxo de clientes tem um
maior incremento da quinta ao domingo e a demanda gira em torno de 20 a 30
cafés da manhã.
O setor considera o São João um período de aquecimento das
vendas. De acordo com o vice-presidente do Sindicato da Indústria de
Panificação de Campina Grande e da Associação dos Panificadores do Estado da
Paraíba, Josivan Silva, o impacto do evento é positivo não só para as padarias,
mas para diversos setores do comércio e serviços.
“Neste período d’O Maior São João do Mundo, tivemos um
acréscimo nas vendas em torno de 30% em relação ao mês anterior.”, assegurou.
Campina Grande tem hoje cerca de 300 panificadoras e 40% delas oferecem café da
manhã.
Carla Borba/Arte Produções/Codecom-PMCG