
Foto: Divulgação/Codecom-PMCG
A Prefeitura de Campina Grande, por meio Secretaria
Municipal de Saúde, divulgou nesta semana os dados do 3º Levantamento Rápido de
Índices para o Aedes aegypti (LIRAa) de 2025, que apontam um aumento nos
índices de infestação do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. O
resultado coloca a cidade em estado de alerta, segundo os critérios
estabelecidos pelo Ministério da Saúde.
O Índice de Infestação Predial (IP) subiu de 3,4% no
primeiro levantamento do ano para 5,3% no terceiro ciclo, realizado entre os
dias 30 de junho e 4 de julho. Já o Índice de Breteau (IB) — que mede o número
de recipientes com larvas a cada 100 imóveis — aumentou de 3,7% para 5,8% no
mesmo intervalo.
Os dados mostram que, apesar das ações contínuas de combate,
o município enfrenta condições climáticas e ambientais que favoreceram a proliferação
do mosquito ao longo do ano, especialmente devido ao volume de chuvas acima da
média em 2025.
“Estamos em alto risco, segundo os parâmetros técnicos. Mas
é importante frisar que a situação está sob controle e sendo acompanhada de
perto”, explica Hércules Lafitte, gerente da Vigilância Ambiental em Saúde do
Município. “Em 2024, nesse mesmo período, o índice era de 4,2%. Este ano foi
mais chuvoso, o que naturalmente aumenta a presença de água parada, ambiente
ideal para o desenvolvimento do mosquito. Mesmo assim, seguimos atuando
intensamente por meio dos nossos agentes de endemias e orientando a população”,
completou.
Atenção redobrada em casa
Segundo o levantamento, os principais criadouros
identificados estão dentro dos imóveis. Entre 60% e 67% dos focos encontrados
estão em recipientes removíveis, como vasos, baldes, garrafas e caixas d’água
descobertas.
“O combate ao mosquito começa em casa, nos quintais e nas
áreas abertas das residências. Por isso, é essencial que cada morador verifique
seu ambiente com atenção, pelo menos uma vez por semana”, reforça Lafitte.
Bairros como Cruzeiro e Jardim Quarenta apresentaram índices
de infestação superiores a 10%, ultrapassando em mais do que o triplo o limite
considerado aceitável. Também foram registradas taxas elevadas em localidades
como Santa Cruz, Dinamérica, Ramadinha, Santa Rosa, Presidente Médici e Santa Terezinha,
com IPs variando entre 7% e 9%.
No total, 9.378 imóveis foram vistoriados no terceiro LIRAa,
com mais de 500 focos positivos identificados.
O 4º LIRAa de 2025 está previsto para o final de setembro. A
expectativa da Secretaria de Saúde é intensificar ações de educação em saúde,
mobilização comunitária e mutirões de limpeza, especialmente nos bairros com
maior risco.
A população também é chamada a participar ativamente da
prevenção:
Verificando calhas, ralos, caixas d’água e reservatórios
abertos;
Eliminando objetos que acumulam água parada;
Mantendo recipientes bem vedados e lavando-os com
frequência.
“A luta contra o Aedes é de todos nós. Vamos seguir
trabalhando com firmeza, mas precisamos da colaboração da população. Só assim
vamos vencer essa guerra contra o mosquito”, concluiu o gerente da Vigilância
Ambiental.
Codecom/PMCG