
Foto: Reprodução/Redes Sociais
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou nesta
segunda-feira (28/7) que vai atuar para atrapalhar as negociações que o grupo
de oito senadores vem realizando nos Estados Unidos e que não será aceito
acordo sem que seja incluída a liberdade dos acusados pelas tentativas de golpe
de Estado.
"Eu trabalho para que eles não encontrem diálogo. Vindo
deste tipo de pessoas, só terá acordo meio termo", afirmou o deputado em
entrevista ao SBT News, reforçando a liberdade de todos os condenados por
atuarem pela realização de um golpe.
O grupo de oito senadores que foi para os Estados Unidos
negociar com empresários e políticos americanos conta com petistas e
bolsonaristas, inclusive ex-ministros do governo de Jair Bolsonaro (PL), como a
senadora Tereza Cristina (PP-MS) e Marcos Pontes (PL-SP).
Eduardo Bolsonaro apontou que a única solução inclui o
"problema institucional" que envolve o ministro do Supremo Tribunal
Federal (STF), Alexandre de Moraes, e a anistia aos diversos acusados por
tentativa de golpe de Estado, e que, caso não seja assim, o povo brasileiro
sofrerá sanções.
"Eles, vindo com essa visão estritamente comercial da
coisa, quando o Trump já deixou claro que o problema é institucional, dão esperanças
de que existe um meio termo, existe um caminho onde não seja necessário o
Alexandre de Moraes se mover. Eles prolongam o sacrifício dos
brasileiros", concluiu.
Eduardo Bolsonaro e o influencer bolsonarista e neto do
ex-ditador João Baptista Figueiredo, Paulo Figueiredo, vêm se reunindo com
parlamentares americanos para buscar aplicação de sanções contra Moraes e
contra o Brasil. Os dois chegaram a celebrar e afirmar que as tarifas eram
decorrentes da sua atuação. Figueiredo, inclusive, afirmou que eventuais
problemas causados aos brasileiros são um "remédio amargo" para que o
governo Executivo e o Judiciário sejam punidos.
O senador Carlos Viana (Podemos-MG), outro que faz parte do
grupo que está nos Estados Unidos, afirmou que o grupo busca retomar os
diálogos com os americanos e adiantou que o presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) estuda ir ao país para tratar do tema pessoalmente com Trump.
Além dos já citados, fazem parte da comitiva os senadores
Nelsinho Trad (PSD-MS), Jaques Wagner (PT-BA), Fernando Farias (MDB-AL),
Rogério Carvalho (PT-SE) e Esperidião Amin (PP-SC).
EM