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28/07/2025

Eduardo Bolsonaro diz que vai trabalhar abertamente para atrapalhar negociação do Brasil com os EUA



Foto: Reprodução/Redes Sociais


O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou nesta segunda-feira (28/7) que vai atuar para atrapalhar as negociações que o grupo de oito senadores vem realizando nos Estados Unidos e que não será aceito acordo sem que seja incluída a liberdade dos acusados pelas tentativas de golpe de Estado.

 

"Eu trabalho para que eles não encontrem diálogo. Vindo deste tipo de pessoas, só terá acordo meio termo", afirmou o deputado em entrevista ao SBT News, reforçando a liberdade de todos os condenados por atuarem pela realização de um golpe.

 

O grupo de oito senadores que foi para os Estados Unidos negociar com empresários e políticos americanos conta com petistas e bolsonaristas, inclusive ex-ministros do governo de Jair Bolsonaro (PL), como a senadora Tereza Cristina (PP-MS) e Marcos Pontes (PL-SP).

 

Eduardo Bolsonaro apontou que a única solução inclui o "problema institucional" que envolve o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e a anistia aos diversos acusados por tentativa de golpe de Estado, e que, caso não seja assim, o povo brasileiro sofrerá sanções.

 

"Eles, vindo com essa visão estritamente comercial da coisa, quando o Trump já deixou claro que o problema é institucional, dão esperanças de que existe um meio termo, existe um caminho onde não seja necessário o Alexandre de Moraes se mover. Eles prolongam o sacrifício dos brasileiros", concluiu.

 

Eduardo Bolsonaro e o influencer bolsonarista e neto do ex-ditador João Baptista Figueiredo, Paulo Figueiredo, vêm se reunindo com parlamentares americanos para buscar aplicação de sanções contra Moraes e contra o Brasil. Os dois chegaram a celebrar e afirmar que as tarifas eram decorrentes da sua atuação. Figueiredo, inclusive, afirmou que eventuais problemas causados aos brasileiros são um "remédio amargo" para que o governo Executivo e o Judiciário sejam punidos.

 

O senador Carlos Viana (Podemos-MG), outro que faz parte do grupo que está nos Estados Unidos, afirmou que o grupo busca retomar os diálogos com os americanos e adiantou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estuda ir ao país para tratar do tema pessoalmente com Trump.

 

Além dos já citados, fazem parte da comitiva os senadores Nelsinho Trad (PSD-MS), Jaques Wagner (PT-BA), Fernando Farias (MDB-AL), Rogério Carvalho (PT-SE) e Esperidião Amin (PP-SC).

 

EM