
Foto: Arquivo/Codecom-PMCG
A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) aprovou, nesta
terça-feira (12), por unanimidade, o Projeto de Lei 4.764/2025, de autoria do
deputado Sargento Neto, que dispõe sobre o combate à adultização de crianças.
De acordo com o deputo, o projeto, denominado de ‘Lei Felca’, tem o objetivo
prevenir e coibir práticas, condutas e conteúdos que promovam ou incentivem a
adultização precoce de crianças, assegurando a preservação de sua infância,
desenvolvimento saudável e proteção integral.
A Casa de Epitácio Pessoa é a primeira do país a aprovar
matéria de enfrentamento à exposição sexualizada de crianças e adolescentes na
internet. O nome proposto à lei faz referência ao youtuber Felipe Bressanim
Pereira, mais conhecido como Felca, de 27 anos, natural de Londrina, no Paraná.
Na última quarta-feira (6), o influenciador digital utilizou suas redes sociais
e seu canal no Youtube para denunciar o que chamou de “adultização” de menores.
Em vídeo de quase 50 minutos, Felca aborda a exposição sexualizada de crianças
e adolescentes nas redes sociais.
A matéria especifica como adultização de crianças toda e
qualquer forma de exposição, estímulo, imposição ou incentivo, direto ou
indireto, para que pessoas com idade inferior a 12 (doze) anos assumam
comportamentos, aparências, linguagens, responsabilidades ou papéis sociais
próprios da vida adulta, a exemplo do uso de vestimentas, acessórios,
maquiagens ou adereços sexualizados; a participação em conteúdos com conotação
erótica, sexual ou violenta; além do estímulo ao relacionamento afetivo-sexual
fora do contexto saudável e adequado ao desenvolvimento infantil.
Em seu projeto, o deputado Sargento Neto também defende que
a veiculação de campanhas publicitárias, eventos, programas televisivos,
conteúdos digitais e demais produções culturais no Estado da Paraíba deverá
respeitar a proteção integral da criança, sendo vedada a exploração de sua
imagem em contextos que configurem adultização, sob pena de aplicação das
sanções cabíveis previstas na legislação vigente, especialmente no Estatuto da
Criança e do Adolescente – ECA (Lei Federal nº 8.069/1990).
“Quero agradecer ao apoio de todos os deputados,
parabenizando-os pela postura de cada um. Hoje, esta Assembleia sai na frente
das demais porque, no Brasil, é o primeiro projeto aprovado com este teor”,
declarou o deputado.
Assessoria/ALPB