
Foto: Ricardo Stuckert/PR
Em artigo publicado neste domingo (14) no jornal The New
York Times com o título Democracia e Soberania Brasileiras São Inegociáveis, o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva rebateu os argumentos do presidente dos
Estados Unidos, Donald Trump, a respeito do tarifaço imposto aos produtos
brasileiros pelos Estados Unidos.
Lula ressaltou que nos últimos 15 anos, os Estados Unidos
registraram um superávit de US$ 410 bilhões nas relações comerciais com o
Brasil. Também disse que não há excessos nas cobranças de tarifas por parte do
Brasil e que aproximadamente 75% das exportações aos Estados Unidos para o
Brasil são isentas de impostos.
O presidente brasileiro defendeu o multilaterialismo como melhor
caminho para as relações entre os países, apontou os números favoráveis aos
Estados Unidos na balança comercial entre os dois países e disse que a decisão
de taxar os produtos brasileiros é política.
Ao tratar a questão como política, Lula fez uma forte defesa
da soberania brasileira e do judiciário.
Ele criticou tanto as acusações de Trump de perseguição ao
ex-presidente Jair Bolsonaro – condenado a 27 anos de cadeia por tramar um
golpe de estado –, quanto os esforços de regulamentação das chamadas big techs,
grandes empresas de tecnologia dos Estados Unidos.
Outro ponto defendido pelo presidente Lula foi a
implementação do sistema de pagamentos digital, o PIX, que possibilitou a
inclusão financeira de milhares de cidadãos e empresas do país. Além de
facilitar as transações e estimular a economia.
A Amazônia foi outro tema tratado pelo brasileiro no artigo,
recordando que nos últimos dois anos a taxa de redução do desmatamento caiu
pela metade e que, no ano passado, a polícia brasileira apreendeu milhões de
dólares utilizados em esquemas criminosos contra o meio ambiente.
Por fim, o presidente Lula reafirmou a disposição de o
Brasil negociar o tema das tarifas com os Estados Unidos, recordou que os dois
países mantêm relações há mais de 200 anos, sendo que as diferenças ideológicas
não podem prejudicar o trabalho conjunto das duas nações.
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Denise Griesinger – Agência Brasil