
Foto: Reprodução/Youtube
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), com apoio da Polícia
Civil do Distrito Federal (PCDF), cumpriu mandado de prisão preventiva contra
Ronnie Peterson, influenciador digital que se apresenta como jornalista e reúne
quase 300 mil seguidores nas redes sociais.
Ele é investigado por extorquir o prefeito de Santa Luzia,
Paulo Bigodinho, o vice Ilacir Bicalho e os secretários municipais Carlos Lomba
(Governo), Rodrigo Gazeto (Saúde) e Lincoln Cardoso (Finanças).
As apurações começaram em abril deste ano. Segundo o
delegado Fábio Lucas Gabrich, da 2ª Delegacia de Polícia Civil de Santa Luzia,
o influenciador exigia R$ 100 mil para não publicar conteúdos difamatórios
contra as autoridades.
“Há indícios de que ele solicitava valores para não divulgar
matérias desabonadoras. Quando o pagamento não ocorreu, ele passou a expor os
alvos em seus canais”, afirmou.
De acordo com a polícia, a cobrança seria feita em parcelas,
incluindo um valor inicial de aproximadamente R$ 40 mil à vista. As provas
foram obtidas a partir de mensagens coletadas nos celulares das próprias
vítimas, que autorizaram a análise, além de postagens realizadas pelo
investigado.
A prisão aconteceu em Brasília, onde Peterson mora
atualmente com a esposa e dois filhos. A operação foi conduzida pela Delegacia
de Combate à Corrupção e Crime Organizado do DF.
Durante o depoimento, o influenciador alegou que apenas
repassava pedidos de uma suposta agência que o teria contratado. Ao ser
questionado, admitiu que se tratava de uma única pessoa, mas preferiu
permanecer em silêncio diante das insistências da polícia.
Ronnie Peterson seguirá preso preventivamente no Distrito
Federal enquanto as investigações continuam. Se condenado pelos crimes de
extorsão e contra a honra, poderá enfrentar penas que, somadas, ultrapassam 10
anos de prisão.
EM