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23/09/2025

Tik Tok vai fazer investimentos no Brasil e discute a construção de data centers na região Nordeste



Foto: Ilustração/Pixabay


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou nesta segunda-feira (22/9) com o diretor-executivo do TikTok, Shou Zi Chew, em Nova York, durante sua passagem pela cidade para participar da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

 

Foi a primeira vez que o petista se reuniu com representantes da rede social chinesa, uma das mais populares do Brasil e do mundo.

 

Segundo dois membros do governo brasileiro ouvidos em caráter reservado, o encontro durou em torno de 30 minutos, foi feito a pedido da empresa e contou com a participação, ao menos parcial, da primeira-dama Janja Lula da Silva. A presença da primeira-dama no encontro consta de sua agenda oficial.

 

Em maio, Janja foi alvo de críticas após ter feito, segundo relatos vazados à imprensa, comentários sobre o funcionamento do TikTok durante uma visita oficial à China.

 

Na época, Lula saiu em defesa dela e disse que teria pedido ao presidente chinês, Xi Jinping, que enviasse um responsável da empresa ao Brasil para discutir a atuação da companhia no país.

 

Segundo um membro do governo que participou da reunião e que conversou com a BBC News Brasil em caráter reservado, o TikTok anunciou a intenção de fazer investimentos no Brasil.

 

Entre eles, estariam sendo discutidos projetos para a construção de data centers no Ceará. Além de Janja e Lula, também participaram da reunião o governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), e o ministro da Educação e ex-governador do Ceará, Camilo Santana.

 

O Ceará é considerado um Estado estratégico no setor de tecnologia da informação brasileiro por concentrar pontos de chegada de cabos submarinos que transmitem sinais de internet.

 

Polêmica

 

O encontro de Lula com o diretor do TikTok aconteceu quatro meses depois de uma polêmica envolvendo a primeira-dama durante a visita oficial do petista à China, em maio, em torno da atuaçõa da companhia.

 

Na ocasião, relatos publicados por veículos como Folha de S. Paulo e G1, apontaram que, durante um jantar, a primeira-dama teria se dirigido diretamente ao presidente chinês, Xi Jinping, e cobrado que a rede fosse mais firme em relação à moderação de conteúdo para evitar a exposição de mulheres e crianças a conteúdos inapropriados.

 

EM