
Foo: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
A bandeira chinesa UnionPay, maior operadora de cartões do
mundo em número de emissões, com mais de 9 bilhões de plásticos em circulação
globalmente, marca sua entrada oficial no mercado brasileiro. Anunciada em
parceria com a fintech Left, a chegada da UnionPay promete agitar o duopólio
dominado por Visa e Mastercard, oferecendo taxas mais baixas para lojistas e
benefícios atrativos para consumidores.
Mas o que diferencia essa rede asiática das gigantes
americanas? E como os brasileiros podem aderir?
Embora cartões internacionais UnionPay já sejam aceitos em zonas
turísticas como Rio de Janeiro e São Paulo desde 2023, a operação formal no
Brasil inicia-se este ano.
A parceria com a Left, uma fintech brasileira, viabiliza a
emissão local e a integração com o Pix, o que pode acelerar transações e
reduzir custos. A UnionPay chega com um modelo inovador: parte das taxas de
transação será destinada a causas sociais, como educação e sustentabilidade,
atraindo tanto empresas quanto consumidores engajados.
Essa expansão faz parte de uma estratégia global da
UnionPay, presente em mais de 180 países, mas com ênfase na Ásia e em mercados
emergentes. No Brasil, o objetivo é capturar fatia do mercado de pequenos
comerciantes, que sofrem com as altas taxas das bandeiras tradicionais. "A
UnionPay consolida sua chegada formal ao Brasil em 2025 e promete mexer com o
ecossistema de pagamentos", destaca um relatório recente do setor.
Há, no entanto, controvérsias. A UnionPay enfrentou
questionamentos relacionados à Lei Magnitsky, que impõe sanções a entidades
ligadas a violações de direitos humanos, mas a empresa nega irregularidades e
reforça seu compromisso com compliance internacional. Especialistas veem a
entrada como um passo para diversificar o mercado, similar ao que Elo tentou
nos últimos anos, mas com o respaldo de uma gigante chinesa.
EM