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13/11/2025

Ex-assessor de Hugo Motta, indicado para atuar no Governo da Paraíba, é alvo da PF em esquema do INSS



Foto: Reprodução


Na Operação ‘Sem Desconto’, deflagrada nesta quinta-feira, 13, pela Polícia Federal na investigação de um esquema nacional de fraudes previdenciárias e que também levou à prisão o ex-chefe do INSS, Alessandro Estefanutto, um paraibano, ex-assessor do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), é também alvo das ações da PF neste dia 13.

 

Trata-se de Jerônimo Arlindo da Silva, conhecido como ‘Júnior do Peixe’, que foi citado na CPMI do INSS por suposta participação em irregularidades na concessão de benefícios previdenciários.

 

De acordo com a CPMI, Júnior do Peixe recebia R$ 40 mil mensais enquanto atuava na direção da confederação. Atualmente, ele exerce o cargo de assessor técnico de projetos da Secretaria de Agropecuária e Pesca da Paraíba.

 

Ex-diretor da Conafer e atual assessor do Governo da Paraíba, Jerônimo é investigado no esquema dos descontos previdenciários no INSS. Ele ocupou o cargo de diretor da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Rurais (Conafer), entidade sob investigação por envolvimento em fraudes de aposentadorias e pensões.

 

Jeronimo Arlindo foi nomeado pelo Governador João Azevedo (PSB), no dia 08 de agosto último como assessor técnico de projetos da Secretaria de Agropecuária e Pesca da Paraíba.

 

Jeronimo esteve empregado no gabinete de Hugo Motta, em Brasília, entre outubro de 2020 e março de 2021, no cargo de secretário parlamentar. Em uma publicação de agradecimento, nas redes sociais, ele citou o deputado e o pai dele, Nabor Wanderley, como aliados.

 

"Júnior do Peixe", como é mais conhecido Jerônimo, também atuou como diretor da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer), uma das entidades investigadas por fraudes no INSS.

 

Em nota divulgada em suas redes sociais, no mês de maio, Júnior do Peixe negou qualquer envolvimento com as irregularidades. "Nunca teve qualquer tipo de interferência ou atuação junto ao INSS, limitando-se exclusivamente a estudos voltados à implementação de ações instituições", disse.

 

Sobre a ação deste dia 13

 

A Polícia Federal, em ação conjunta com a Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou nesta quinta-feira (13) uma nova fase da Operação Sem Desconto, que investiga um esquema de fraudes e descontos indevidos em aposentadorias e pensões do INSS.

 

A ofensiva foi realizada na Paraíba, no Distrito Federal e em outros 14 estados, com o cumprimento de 63 mandados de busca e apreensão, 10 mandados de prisão preventiva e diversas medidas cautelares.

 

O ex-presidente

 

Estefanutto é apontado pela Polícia Federal como um dos articuladores do esquema que teria facilitado o acesso de entidades e servidores a sistemas do órgão, possibilitando a inserção de dados falsos e a concessão irregular de benefícios.

 

Segundo as investigações, o grupo operava uma rede nacional de fraudes, com ramificações em 15 estados, e teria movimentado valores expressivos por meio de corrupção ativa e passiva, estelionato previdenciário, organização criminosa e ocultação de patrimônio.

 

Ações em todo o país

 

Além da Paraíba e do Distrito Federal, a Operação Sem Desconto cumpriu mandados nos estados do Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.

 

Da Redação, com portais nacionais