
Foto: Gustavo Moreno/STF
A defesa de Jair Bolsonaro pediu nesta sexta-feira (21) ao
ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a concessão de
prisão domiciliar humanitária ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Segundo os advogados, Bolsonaro tem doenças permanentes, que
demandam "acompanhamento médico intenso" e, por esse motivo, o
ex-presidente deve continuar em prisão domiciliar.
O pedido da defesa pretende evitar que Bolsonaro seja levado
para o presídio da Papuda, em Brasília.
Condenado a 27 anos e três meses de prisão na ação penal do
Núcleo 1 da trama golpista, Bolsonaro e os demais réus podem ter as penas
executadas nas próximas semanas.
Na semana passada, a Primeira Turma da Corte rejeitou os
chamados embargos de declaração do ex-presidente e de mais seis acusados para
reverter as condenações e evitar a execução das penas em regime fechado.
No próximo domingo (23), termina o prazo para a apresentação
dos últimos recursos pelas defesas. Se os recursos forem rejeitados, as prisões
serão executadas.
Riscos
De acordo com a defesa, a ida de Bolsonaro para o presídio
terá "graves consequências" e representa risco à vida do
ex-presidente.
Os advogados apresentaram exames e disseram que Bolsonaro
apresenta saúde debilitada e quadro diário de soluço gastroesofágico, falta de
ar e faz uso de medicamentos com ação no sistema nervoso central.
Os problemas de saúde são decorrentes da facada desferida
contra Bolsonaro na campanha eleitoral de 2018, segundo a defesa.
"São circunstâncias que, como se sabe, mostram-se absolutamente
incompatíveis com o ambiente prisional comum", completaram os advogados.
Não há prazo para Alexandre de Moraes decidir sobre o pedido
de prisão domiciliar.
André Richter/Denise Griesinger - Agênci Brasil