O cientista e professor da Unicamp Marcos Nogueira Eberlin,
que já esteve várias vezes em Campina Grande como palestrante do Encontro Para
a Consciência Cristã, exemplo do que aconteceu no início deste ano, recebeu em
Toronto, Canadá, mais uma medalha de ouro para o Brasil: A medalha J. J.
Thomson, a principal honraria da área de espectrometria de massas no mundo,
oferecida pela Fundação Internacional de Espectrometria de Massas (IMSF, na
sigla em inglês).
Este é um feito inédito, pois a medalha foi entregue pela
primeira vez a um cientista sul-americano. Eberlin, que é fundador do
laboratório ThoMSon de Espectrometria de Massas na Unicamp, recebeu a medalha
durante a 21ª Conferência Internacional de Espectrometria de Massas no mês de
agosto. Eberlin é um dos bolsistas de Produtividade em Pesquisa 1B do CNPq.

O cientista e professor da Unicamp Marcos Nogueira Eberlin, que já esteve várias vezes em Campina Grande como palestrante do Encontro Para a Consciência Cristã, recebeu em Toronto, Canadá, a medalha J. J. Thomson, da Fundação Internacional de Espectrometria de Massas
Durante sua participação na “Consciência Cristã”, Marcos
Eberlin explicou que a “espectrometria de massa é uma técnica analítica física
para detectar e identificar moléculas de interesse por meio da medição da sua
massa e da caracterização de sua estrutura química”. Trata-se de uma técnica de
caracterização molecular utilizada em praticamente todas as áreas de ciência.
Só para citar um exemplo, durante uma cirurgia, a
espectrometria caracteriza as moléculas que mapeiam tumores cerebrais. “Em 1991
nós começamos praticamente do zero no país, pois havia uns poucos pesquisadores
na área, mas adotamos a filosofia de treinar o maior número possível de
espectrometristras de massas brasileiros e, com isso, semeamos a técnica por
todo o país”, ressaltou o professor.
De acordo com matéria do site do CNPq, a escolha de Marcos
Nogueira Eberlin foi feita após votação dos representantes de 39 sociedades de
espectrometria de massa afiliadas. Conforme a IMSF, os nomes foram escolhidos
entre 17 candidatos indicados, graças aos relevantes serviços para o
desenvolvimento e propagação da espectrometria de massas pelo mundo. A medalha
é muito concorrida e já foi concedida a nomes mundialmente reconhecidos como
John Bennett Fenn, ganhador do Nobel de Química de 2002 e Graham Cooks, hoje o
maior pesquisador em atividade da área.
O nome da medalha é uma homenagem a Joseph John Thomson,
físico britânico que descobriu o elétron e é considerado o “pai da técnica”
além de ganhador do prêmio Nobel de física de 1906. O laboratório ThoMSon da
UNICAMP também recebeu este nome em homenagem ao cientista.
Em entrevista ao site Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq), Eberlin lembrou que no Laboratório ThoMson já
se formaram quase 200 alunos de vários níveis e que hoje atuam na academia e em
empresas como especialistas na técnica. “Começamos até a exportar pesquisadores
e profissionais”, disse.
Segundo o docente, a medalha é um reconhecimento
internacional que “não vem para uma pessoa ou para um grupo, mas para uma
universidade que se estabeleceu como líder em pesquisas na América Latina, e
pelo amplo reconhecimento internacional dessa liderança, e em uma área da
ciência que é de fronteira”. Eberlin destacou a liberdade de pesquisa, a
autonomia, e toda uma estrutura de apoio e incentivo à pesquisa e a
internacionalização, que a Unicamp oferece a seus pesquisadores.
O palestrante da “Consciência Cristã” anunciou que o Brasil
foi escolhido no Canadá para sediar o congresso da sociedade internacional em
2020, que será realizado no Rio de Janeiro. Segundo Eberlin, esta será a
primeira vez que o evento é realizado fora do eixo EUA, Europa e Japão. E
tendência é que a “Cidade Maravilhosa” venha promover o melhor e maior
congresso de espectrometria de massa de todos os tempos – Assessoria (Texto do
jornalista Gomes Silva, assessor de imprensa do evento, com informações da
Unicamp).
Portal Carlos Magno
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