O Produto Interno Bruto (PIB) da Paraíba alcançou a primeira
posição no Nordeste e a 6ª no Brasil com um crescimento acumulado de 12,9% no
período 2010-2016. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Planejamento,
Orçamento e Gestão do Estado (Seplag) em parceria com o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
As participações da Paraíba no PIB nacional e na Região
Nordeste se mantiveram em 0,9% e 6,6%, respectivamente. Em termos de volume, a
retração do PIB foi de 3,1%. Ainda assim, o recuo do PIB paraibano em 2016 foi
menor que o nacional (-3,3%) e o do Nordeste (-4,6), configurando-se como o
terceiro melhor desempenho anual na região, tendo em vista o cenário econômico
desfavorável para o país. No Brasil, a Paraíba ficou na 12ª colocação.
Setores
A Agropecuária, que correspondeu a 4,1% da economia do
estado em 2016, apresentou variação negativa em volume igual a -3,5%. A
insuficiência de precipitação, nesse ano, enfraqueceu a produção agropecuária
em geral. Na atividade Agricultura, inclusive o apoio à agricultura e a
pós-colheita, a retração em volume foi de 5,4%, influenciada em grande medida
pela redução verificada no cultivo de laranja.
Por outro lado, houve aumento no volume do cultivo de cana-de-açúcar e
de outros produtos da lavoura permanente, que representam significativo peso
para a atividade agrícola paraibana. Na atividade Pecuária, inclusive o apoio à
pecuária, o recuo em volume, de 2,3%, ocorreu principalmente devido a reduções
na criação de aves e na criação de bovinos que detêm maior participação nessa
atividade.
A Indústria registrou retração em volume de 8,4%, a maior
entre os três setores, contribuindo para a perda de 1,6 p.p. de sua
participação na economia do estado, entre 2015 e 2016, passando a representar
15,6% em 2016. Esse desempenho foi decorrente principalmente dos recuos em
Construção (-10,6%) e Indústrias de transformação (- 4,6%). A queda em volume
de Eletricidade e gás, água e esgoto, atividades de gestão de resíduos e
descontaminação, foi ainda mais brusca (-11,5%) devido à redução da geração de
energia termelétrica, mas neste caso, a participação em valor desta atividade
manteve-se estável.
O setor Serviços, que concentrava 80,3% da economia da
Paraíba em 2016, registrou a menor redução em volume (-1,6%), na comparação com
os outros setores. As duas atividades de
maior peso no setor, Administração, defesa, educação e saúde públicas e
seguridade social e Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas,
apresentaram decréscimo em volume de 1,0% e de 3,8%, respectivamente, a
primeira perdeu 0,1 p.p. de participação na economia do estado entre 2015 e
2016 (33,3% para 33,2%), enquanto a segunda avançou 0,5 p.p. (14,3% para
14,8%). Também houve variação negativa em volume nas atividades Artes, cultura,
esporte e recreação e outras atividades de serviços (-2,0%), Atividades
imobiliárias (-2,4%) e Informação e
comunicação (-2,8%). Em contrapartida, apresentaram crescimento em volume:
Alojamento e alimentação (0,2%); Atividades profissionais, científicas e
técnicas, administrativas e serviços complementares (2,5%); Educação e saúde
privadas (3,7%); e Serviços domésticos (2,8%) – Secom-PB.
Carlos Magno