Os mascotes sempre fizeram parte da vida dos clubes
brasileiros, seja pequeno ou grande, na festa do futebol. Fora das quatro
linhas eles são referências para os torcedores que se envolvem no mundo do
maior esporte do planeta. A Paraíba não poderia ficar de fora do contexto com
os times de ponta que disputam o Campeonato Paraibano - Botafogo, Auto Esporte,
Treze, Campinense, Centro Sportivo Paraibano (CSP), Sousa, Atlético de
Cajazeiras e Santa Cruz de Santa Rita - além de Esporte e Nacional (ambos de
Patos) se orgulham de estampar os “animais, santos ou personagens” que
representam os clubes tradicionais da terra.
A criação dos mascotes vão desde a rivalidade existente das
maiores equipes paraibanas até histórias engraçadas que apareceram por
indicação de sugestões, que de repente pegou no gosto popular.

Representantes do futebol da capital paraibana, Botafogo, Auto
Esporte e CSP, tem histórias diferenciadas para o aparecimento dos mascotes. O
“cachorro xerife” que representa o time da Maravilha do Contorno foi uma
sugestão do chargista e desenhista pessoense, Luzardo Alves, que trabalhou no
Jornal A União como encadenador.
De acordo com o historiador Raimundo Nóbrega, a ideia de
colocar um animal para representar o Alvinegro da capital foi por causa de um
cachorrinho branco que Luzardo criava e o chamava de Botinha, em homenagem ao
clube. Segundo ele, para homenagear a equipe e o animal de estimação o
chargista juntou o útil ao agradável criando o personagem. “Foi uma brincadeira
que deu certo e permanece até hoje, com um cachorro usando duas armas de lado,
uma estrela no peito, preparado para vencer o duelo.
São coisas que marcam e ficam na história dos clubes
tradicionais do futebol”, avaliou. Outro que passou pelo crivo de Luzardo foi o
Auto Esporte, representado pelo Macaco. De acordo com o ex-presidente do clube,
Haroldo Navarro, tudo começou nos anos 70 por causa do Alvirrubro ser fundado por
motoristas e taxistas. O dirigente lembra que certo dia o artista fez uma
proposta de colocar o macaco - peça que todo carro tem para mudar o pneu - como
mascote do clube, causando revolta na maioria dos torcedores presentes.
Em outro evento o chargista perguntou aos presentes o que
seria necessário para trocar a roda do veículo, quando a maioria gritou macaco,
selando de vez o mascote do Clube do Povo. “Um animal inteligente, esperto e
observador que só traz alegria às pessoas. É a cara do Auto Esporte que tem uma
torcida fiel que sempre está ao lado do clube torcendo pelo sucesso da equipe
de Mangabeira”, frisou Haroldo.
Pelo lado do Centro Sportivo Paraibano (CSP), o presidente
Josivaldo Alves, ressaltou que desde que assumiu o clube do ex-presidente
Severino Ferreira - que comanda atualmente o Femar - o tigre foi o mascote do
Azulão da capital paraibana. Ele acredita que a escolha foi em virtude de ser
um animal temido pelos concorrentes na valentia em jamais se entregar, mas
brigar sempre para derrotar os inimigos. “Tudo que o CSP tem dentro das quatro
linhas do gramado, onde jamais desiste dos objetivos. Um time temido por todos pela
união, força e determinação para superar os obstáculos e vencer o desafio”,
observou.
Em Santa Rita, o Santa Cruz é representado pela Cobra Coral,
idêntico mascote do time pernambucano. Para o gerente de futebol, César
Wellington, não teria como mudar para acompanhar o clube do Estado vizinho. “O tricolor
é a cobra que ataca para soltar o veneno e matar o inimigo em curto espaço de
tempo”, frisou o dirigente.
Na Serra da Borborema o Treze saiu na frente do rival
Campinense e definiu o galo como mascote do Alvinegro serrano. Para o
presidente Carlos Alberto, mais conhecido como Bebeto, tudo começou no dia 7 de
setembro de 1925, quando as treze pessoas que fundaram o clube definiram que o
Alvinegro teria como mascote a ave. No jogo do bicho o número 13 é galo que
representa a equipe serrana. “Na época foi uma decisão rápida, onde todos
concordaram por se tratar daquele que manda no galinheiro e não tem pra
ninguém. É o nosso mascote histórico que todo trezeano gosta e admira pela
bravura em todas as disputas”, observou o dirigente.
Para não ficar atrás, o Campinense deu a resposta ao rival e
escolheu a Raposa para ser o mascote do campeão paraibano deste ano. O diretor
financeiro e historiador, Raul Timóteo, disse que a escolha pelo animal foi uma
resposta ao concorrente, onde Raposa gosta de comer galinhas e galos de
qualquer tamanho em seus terreiros.
“Não poderíamos ficar por baixo e escolhemos a Raposa para
engolir todas as aves, em especial os galos e galinhas. Coisas do futebol com
dois clubes de tradição que fazem o futebol da Serra da Borborema mais forte”,
avaliou. Na região sertaneja, Nacional e Esporte, ambos de Patos, tem suas
histórias surpreendentes na escolha dos mascotes. De acordo com presidente do
Esporte, Marcos César, a opção pelo patinho foi em virtude do símbolo da cidade
ter o desenho de uma lagoa cheia de patos.
“Foi uma ideia que faz parte da história do Esporte que foi
assimilada pelo torcedor”, disse. O Nacional por sua vez foi buscar a
inspiração pela cor amarela do Canário do Sertão, além de homenagear alguns
servidores dos Correios e Telégrafos que fundaram o clube.
“O canário estará sempre no coração dos nacionalinos
mostrando seu grito de guerra para os adversários”, observou o ex-presidente
João Grilo. Por ser considerada a terra dos Dinossauros, o Sousa não poderia
ter um mascote diferente. Para o gerente de futebol do clube, Rafael Abrantes, um
animal grande, temido e valente que jamais se entrega. “Nosso mascote tem
tradição e sempre esteve nos grandes desafios do futebol.
Uma homenagem a nossa terra querida que todos amam de
coração”, frisou. A única equipe que não oficializou seu mascote foi o Atlético
de Cajazeiras, que é conhecida apenas como o Trovão Azul do Sertão. Na opinião do
presidente, Esuélio Moraes, uma coisa que passou despercebido pelos dirigentes
desde a fundação. “O Trovão representa mais que qualquer coisa, como poder de
estremecer e levar perigo aos adversários. Até hoje nunca houve manifestação
para criar o mascote para o clube, sendo mais conhecido como o Trovão Azul
sertanejo”, comentou – A União.
Blog Carlos Magno
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