A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível
Superior (Capes) anunciou esta semana o corte de mais 2,7 mil bolsas de
mestrado, doutorado e pós-doutorado. Todos os cortes se aplicam em cursos com
conceito nota 3 e valem para bolsas que ainda seriam futuramente concedidas. O
congelamento não afeta quem atualmente recebe o benefício.
Serão cortadas:
2.331 bolsas de mestrado
335 de doutorado
58 de pós-doutorado
Com este segundo anúncio, a Capes chega a uma redução total
de 6.198 bolsas em 2019. O novo bloqueio representa uma redução de R$ 4 milhões
em 2019 e, até 2020, deve representar R$ 35 milhões.
Nova política
De acordo com o órgão, o corte é uma mudança na política de
concessão das bolsas de pós-graduação. Os recursos que foram congelados estavam
enquadrados no seguinte critério:
Cursos com duas avaliações nota 3 consecutivas
Cursos avaliados com nota 4 e que caíram para a nota 3
Nem todas as bolsas enquadradas nesta avaliação foram
cortadas. Os pesquisadores localizados na Amazônia Legal tiveram uma redução
menor em uma tentativa de diminuir as diferenças regionais no país.
De acordo com Anderson Lozi, diretor de Gestão da Capes,
considerando o bloqueio anterior, há uma economia de cerca de R$ 300 milhões.
Ele informou também que se houver uma melhoria na situação financeira parte do
valor pode ser recuperado. No entanto, um novo corte nas bolsas no futuro não
está descartado.
Segundo a Capes, essa nova medida foi tomada com "o
propósito de alinhar a concessão de bolsas no país à avaliação periódica,
preservando os cursos mais bem avaliados nos últimos 10 anos". As notas
analisadas foram as obtidas nas avaliações Trienal de 2013 e Quadrienal de
2017.
Em nota, a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG)
criticou a medida. "O novo corte da Capes afetará principalmente Norte e
Nordeste, áreas com maior número de cursos 3 e 4, devido às maiores
dificuldades financeiras. A medida agrava ainda mais a concentração da pesquisa
no centro-sul e perpetua as desigualdades regionais do país."
Print
O Programa Institucional de Internacionalização (Print)
também sofreu mudanças: o prazo foi estendido de quatro para cinco anos. De
acordo com a Capes, "a medida não altera o total de recursos destinados à
ação, nem prejudica o desenvolvimento do programa" – G1.
Carlos Magno
VEJA TAMBÉM:
- Cheirar
pum pode prevenir câncer, AVC, ataque cardíaco, artrite e demência, diz estudo
de universidade do Reino Unido
-
Assassinato de moradores de rua em Campina Grande-PB gera comoção: radialista
faz artigo em homenagem a "Maria Suvacão"
- UEPB vai ganhar curso de
Medicina no campus de Campina Grande. Veja detalhes
-Cliente que passar mais de
20 minutos em fila de banco na Paraíba receberá indenização
-
Jovem forja a própria morte para saber "quais pessoas se importariam com
sua ausência" e vem a público pedir desculpas