O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que o
ministro da Economia, Paulo Guedes, "está gerando uma crise
desnecessária" e que o governo Bolsonaro virou uma "usina de
crises".
"Hoje, infelizmente, é meu amigo Paulo Guedes gerando
uma crise desnecessária", afirmou Maia à GloboNews, após participar em São
Paulo de um seminário sobre o cenário político-econômico do país. "A vida
inteira o ministro da Economia sempre foi o bombeiro das crises. Agora o
bombeiro vai ser a Câmara. Nós não vamos dar bola para o ministro Paulo Guedes
com as agressões que ele fez agora ao parlamento."
Maia disse que blindou a reforma da Previdência de crises
que são geradas pelo governo. "Nós queremos deixar claro que essa usina de
crises que se tornou nos últimos meses o governo não vai chegar à Câmara. Nós
vamos blindar a Câmara."
Guedes criticou as mudanças propostas pelo relator Samuel
Moreira, do PSDB, no projeto de reforma da Previdência na Câmara dos Deputados.
Ele atribuiu as modificações a "pressões corporativas" e ao
"lobby de servidores do Legislativo".
"Eu acho que houve um recuo que pode abortar a nova
Previdência", disse Paulo Guedes.
Maia rebateu as palavras de Guedes. "Eu acho que o
ministro Paulo Guedes não está sendo justo com o parlamento brasileiro, que
está conduzindo sozinho a articulação para a aprovação da reforma da
Previdência. Se nós dependêssemos da articulação do governo, teríamos 50 votos,
não a possibilidade de ter 35, como nós temos hoje."
"Na democracia não é o que um quer, na democracia é o
coletivo. São 513 deputados eleitos. A sociedade tá representada",
acrescentou.
"Se o governo não entende que existem pobres no Brasil
que precisam ser cuidados pelo parlamento e pelo governo, isso é um problema
deles", disse Maia. "Nós queremos que a pobreza diminua que o
desemprego caia no Brasil, que voltemos a ter esperança na educação e
saúde." – G1.
Carlos Magno
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