O Centro de Ciências Agrárias e Ambientais (CCAA) da
Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Câmpus de Lagoa Seca, ganhou um
importante equipamento que vai contribuir para melhorar a qualidade na cachaça
produzida na Paraíba e impulsionar a agroindústria na região.
Trata-se do Laboratório de Microbiologia para Fermentação,
construído dentro do Complexo Agroindustrial do Câmpus II, que vai realizar
pesquisas com leveduras para fermentação alcoólica, através da biotecnologia,
visando isolar cepas específicas usadas na fabricação do produto nos engenhos
de alambique do Estado.
A Paraíba é referência na produção de cachaças, mas ainda
não dispõe de pesquisas referentes à fermentação do produto, o que será
possível acontecer na Unidade de Processamento de Fermentação e Destilados da
UEPB, possibilitando, no futuro, a criação de um selo que atestará a qualidade
do produto. O laboratório é pioneiro no Estado e nasceu com a missão de se
tornar referência nesse tipo de pesquisa no Nordeste.
O reitor Rangel Junior disse que o laboratório consiste em
uma das maiores conquistas do Câmpus II nos últimos anos e terá impactos
positivos com resultados quase imediatos no processo de fortalecimento de toda
uma cadeia produtiva, contribuindo, assim, para gerar empregos, abrir divisas,
além de impulsionar a cultura nordestina e projetar a Paraíba em nível nacional.
Ele enfatizou que o trabalho do laboratório terá repercussão direta e retorno
garantido, com a realização de análises que futuramente possibilitarão a
criação de um selo da cachaça paraibana, de forma diferenciada. “O que isso vai
gerar de resultados outros é algo que não tem como calcular”, frisou.
Representante dos produtores de cachaça, o empresário Aquiles
Leal Freire disse que, apesar de a Paraíba produzir cachaça de qualidade, o
Estado ainda é carente de tecnologias e pesquisas para aprimorar o setor. Com
investimento na ordem de R$ 30 mil oriundos de recursos da UEPB usados na
reforma do prédio e aquisição de equipamentos, o Laboratório de Microbiologia
funcionará graças ao convênio com a Fapesq.
A unidade dispõe de todo o equipamento necessário para o
isolamento das leveduras, como microscópio, lupas, estufas bacteriológicas,
estufa de secagem, câmara de fluxo, câmara de crescimento, autoclave vertical
usado para esterilizar o material, medidores de PH. Em breve, o laboratório
receberá outros equipamentos modernos, graças ao convênio da Instituição com a
Fapesq, em um investimento de R$ 187 mil na unidade. Após a inauguração, o
laboratório entrou em funcionamento e já está a disposição dos produtores de
cachaça da região – Assessoria.
Carlos Magno
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