O presidente Jair Bolsonaro tornou-se mais popular entre os
mais ricos da população brasileira e passou a ser mais rejeitado pela classe
média. É o que mostra pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira.
Conforme o instituto, 52% dos que ganham acima de dez
salários mínimos consideram ótimo ou bom o governo Bolsonaro, o que representa
uma alta de onze pontos porcentuais ante a última pesquisa feita em abril. Já
entre os que ganham de 5 a 10 salários mínimos a sua aprovação ficou em 37%,
seis pontos porcentuais a menos do que registrou a pesquisa anterior. No
estrato mais pobre da população, que é renumerado com até 2 salários mínimos, a
sua aprovação oscilou um ponto para cima, de 25 para 26%.
De modo geral, são os mais ricos que seguram a aprovação de
Bolsonaro em 33% – o índice mais baixo para um presidente em primeiro mandato
nos primeiros seis meses de governo. Isso porque diminuiu entre os que ganham
mais de dez salários mínimos quem considera a sua administração ruim ou
péssima, de 37 para 32%. Já nos outros segmentos, houve uma crescimento na
reprovação, com destaque para os que ganham até dois salários mínimos, de 34
para 38%, e os que ganham entre 2 e 5 salários mínimos, de 26 a 32%
De acordo com a pesquisa, o perfil genérico que mais aprova
Bolsonaro é homem (38%), tem 60 anos ou mais (37%), ensino superior completo
(37%), ganha mais de dez salários mínimos (52%), e é empresário (58%). No lado
oposto, quem mais o rejeita é mulher (37%), tem entre 16 e 24 anos (37%),
também tem ensino superior completo (36%), ganha até dois salários mínimos
(38%) e é assalariado sem registro (44%).
Apesar da diferença salarial, a classe média e a classe mais
abastada têm as mesmas preocupações em relação aos problemas do país na ordem
de prioridade. Primeiro, vem a educação, depois a violência empatada com a
crise econômica. Na faixa da população mais pobre, a preocupação maior é com a
saúde, depois a violência seguida pelo desemprego – Veja.
Carlos Magno
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