Um funcionário público de Tarumã (SP) protocolou denúncia
contra uma funcionária da Câmara de Vereadores da cidade que teria usado o
carro oficial da Casa para um “encontro amoroso” na vizinha cidade de Assis.
As cenas do suposto encontro foram gravadas por Bruno
Henrique Garcia Paes, motorista da prefeitura de Tarumã, em Assis, cidade onde
ele mora. Ele registrou com um celular o carro estacionado na Rua São Paulo e
protocolou a denúncia junto à Câmara de Tarumã.
Segundo a advogada da Câmara, Eliane Coimbra Nilck, a
denúncia foi recebida e nesta sexta-feira (12) foi instaurado um procedimento
administrativo para investigar o caso. A medida também promoveu o afastamento
preventivo da funcionária da Câmara, que tem o cargo de contadora.
Segundo a advogada, foi montada uma comissão com três servidores
municipais para investigar a denúncia, com prazo de 30 dias para apresentar
suas conclusões. A funcionária investigada tem depoimento marcado para a
próxima quinta-feira (18).
A partir do depoimento, a contadora terá três dias de prazo
para apresentar sua defesa por escrito e eventuais testemunhas. Eliane Coimbra
diz que outras testemunhas podem ser arroladas durante as investigações.
“Em um levantamento inicial, pelo horário da denúncia, ela
[contadora] estaria com o carro a serviço da Câmara, com demandas em Assis. Ou
seja, a princípio, ela não pegou o carro sem autorização, mas tudo isso ainda
será investigado”, explicou a advogada da Câmara.
Eliane Coimbra explicou que a contadora é funcionária
concursada e está no cargo de agosto do ano passado. Ela explicou que, de
acordo com o estatuto do funcionalismo, dependendo do resultado das apurações,
as sanções para um caso como esse podem ser de advertência, suspensão ou até mesmo
exoneração.
‘Indignação’
O funcionário público de Tarumã Bruno Henrique Garcia Paes,
que protocolou a denúncia, disse ao G1 que tomou a decisão por “se sentir
indignado” com a situação ele diz ter flagrado. Ele explicou que passava pela
rua quando reconheceu o carro e viu o que se passava dentro dele.
“Sou motorista e as regras pra gente são muito rígidas, não
podemos nem ir almoçar com o carro oficial. Quando passei e vi o carro ligado e
com pessoas trocando carícias, me indignei e resolvei registrar”, disse.
O funcionário público diz que já pediu a seu advogado que
faça um ofício ao Ministério Público com o material que ele colheu para que se
investigue um suposto caso de “uso indevido de veículo oficial” – G1.
Carlos Magno
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