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15/07/2019

Moradora de rua e usuária de drogas, mulher tenta vender a filha recém-nascida por R$ 2 mil, mas é descoberta


Imagens de monitoramento do Hospital e Maternidade Silvério Fontes, em Santos, no litoral de São Paulo, mostram o momento em que a mulher de 40 anos que tentou vender a filha a uma desconhecida dá entrada na unidade. Segundo apurado pelo G1, ela teria negociado a criança por R$ 2 mil. Ambas seguem internadas em estado estável.

 

A situação aconteceu na madrugada de sábado (13). A mulher deu entrada na maternidade no bairro Castelo, em trabalho de parto, acompanhada de uma mulher que dizia ser sua irmã. Após a internação, funcionários descobriram que, na verdade, a gestante havia dado um nome falso e negociado a criança.



 

O G1 teve acesso a uma imagem de monitoramento divulgada pela prefeitura da cidade neste domingo (14). É possível ver a mulher na maca sendo deslocada no interior da maternidade por socorristas. A todo o tempo, ela passa as mãos no rosto, aparentando desespero e desconforto com as dores.

 

Ao lado da maca, a irmã acompanhante, que na verdade compraria a criança, aparece de camiseta branca e segurando uma bolsa de cor roxa. Ela recebe a orientação de um dos funcionários para aguardar fora do setor de emergência. Segundo testemunhas, após a imagem, ela fugiu do local.

 

De acordo como secretário de Saúde de Santos, Fábio Ferraz, o caso é delicado, uma vez que foi constatado que, além de ser usuária de drogas, é portadora de sífilis. “Ela passou por um profissional de psiquiatria que fez um laudo confirmando a abstinência nesse período”, explicou ele ao G1.

 

Ainda de acordo com Ferraz, a mulher só confessou a venda após ficar nervosa com o distanciamento do recém-nascido. “Ela apresentou estado de ansiedade, a equipe percebeu e começou a ter uma conversa mais franca com a paciente. Foi quando ela assumiu a identidade falsa e a venda por R$ 2 mil”.

 

O secretário considera o fato do uso de um nome falso inédito. “Ficamos abismados com essa situação”, confessou. Prematura, a criança segue internada na UTI Neonatal da unidade, e por a mãe não ter feito pré-natal, não há como precisar o tempo de vida do bebê, uma menina.

 

O G1 questionou a Secretaria de Segurança Pública (SSP) sobre a investigação do caso e o paradeiro da compradora da criança, mas a pasta respondeu apenas que o caso é investigado pelo 5º Distrito Policial da cidade. A mãe da criança, moradora de rua e usuária de drogas, será ouvida após receber alta. O bebê deverá ficar sob os cuidados do Conselho Tutelar – G1.

 

Carlos Magno

 

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