O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (16)
que o filho Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), cotado para assumir a embaixada do
Brasil em Washington, tem experiência internacional, fala inglês e espanhol, e
ainda sabe fritar hambúrguer.
Antes de uma reunião com ministros, no Palácio da Alvorada,
Bolsonaro não respondeu aos questionamentos de jornalistas sobre a confirmação
ou não da indicação do filho, deputado federal, para ser embaixador. Ele
preferiu citar características de Eduardo.
"Eduardo é meu filho... fala inglês, fala espanhol, tem
uma vivência internacional muito grande. E frita hambúrguer também, tá
legal?", disse o presidente.
O próprio Eduardo, na semana passada, afirmou em entrevista
que fez intercâmbio no EUA e que fritou hambúrguer no país.
Bolsonaro anunciou na última quinta-feira (11) que cogita
indicar o filho para a embaixada em Washington, cujo comando está vago desde
abril.
O presidente já disse não estar preocupado com as críticas
sobre a eventual indicação do filho e tem argumentado que Eduardo, um dos seus
cinco filhos, domina inglês e espanhol e tem proximidade com os filhos do
presidente norte-americano Donald Trump.
Sabatina no Senado
Eduardo tem 35 anos, idade mínima para indicação a
embaixador. Para assumir o cargo, o parlamentar terá de ser sabatinado no
Senado e aprovado pelo plenário da Casa. Também será preciso renunciar ao
mandato de deputado federal.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou
nesta terça (16) à colunista do G1 Andréia Sadi que ainda não foi procurado por
nenhum membro do Palácio do Planalto para discutir a possível indicação de Eduardo
para a embaixada nos EUA.
Alcolumbre disse ainda que independentemente da indicação,
"todos são iguais" e todos passam por sabatina "seja quem
for". "Pode ser Eduardo, Maria ou José: será sabatinado igual",
disse o presidente do Senado.
Nepotismo
Bolsonaro e a área jurídica do Planalto afirmam que a
possível indicação de Eduardo para embaixada não seria caso de nepotismo.
Na segunda-feira (15), o ministro da Secretaria-Geral da
Presidência, Jorge Oliveira, declarou que não seria um caso de nepotismo, já
que o cargo de embaixador é "político".
Na semana passada, o ministro Marco Aurélio Mello, do
Supremo Tribunal Federal (STF), opinou de forma contrária. Para o ministro, o
caso configuraria nepotismo e a Constituição afasta a possibilidade de o presidente
nomear o filho – G1.
Carlos Magno
VEJA TAMBÉM:
- Cheirar
pum pode prevenir câncer, AVC, ataque cardíaco, artrite e demência, diz estudo
de universidade do Reino Unido
-
Assassinato de moradores de rua em Campina Grande-PB gera comoção: radialista
faz artigo em homenagem a "Maria Suvacão"
- UEPB vai ganhar curso de
Medicina no campus de Campina Grande. Veja detalhes
-Cliente que passar mais de
20 minutos em fila de banco na Paraíba receberá indenização
-
Jovem forja a própria morte para saber "quais pessoas se importariam com
sua ausência" e vem a público pedir desculpas