O procurador chefe da força-tarefa da Lava Jato, Deltan
Dallagnol, pediu em julho de 2017 passagem e hospedagem no parque Beach Park,
em Aquiraz, no Ceará, para ele e a família como condição para dar uma palestra
sobre combate à corrupção na Federação das Indústrias do Ceará (Fiec). Também
cobrou um cachê de cerca de 30.000 reais. É o que mostram novos diálogos
publicados na coluna da jornalista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo,
em parceria com o site The Intercept Brasil, nesta terça-feira.
Ele falou sobre o convite com a mulher. “Posso pegar 20/7 e
condicionar ao pagamento de hotel e de passagens para todos nós”. Um mês
depois, ele comentou sobre o assunto com o então juiz Sergio Moro, hoje
ministro da Justiça. “Eu pedi passagens para mim e família e estadia no Beach
Park. As crianças adoraram”, disse Dallagnol. “Além disso, eles pagaram um
valor significativo, perto de uns 30k (provavelmente, 30.000 reais). Fica para
você avaliar”.
Na conversa, o procurador informou ainda a Moro que ele não
sofrera nenhuma punição por parte das corregedorias do Ministério Público
Federal pelas palestras que andava fazendo. “Não sei se você viu, mas as duas
corregedorias arquivaram os questionamentos sobre minhas palestras dizendo que
são plenamente regulares”, afirmou – Veja.
Carlos Magno
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